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Alterações de projecto foram mesmo à beirinha das aulas

Obras de requalificação

As alterações ao projecto original para a escola deram-se apenas a cerca de 15 dias da abertura das aulas, nomeadamente no que respeita à localização do Auditório e do Centro de Recursos, revelou-nos João Paulo Pinto, adjunto do Director da Escola Secundária Afonso de Albuquerque para os assuntos do edifício. Devido a questões relacionadas com as condutas de ar condicionado e outras, acontecia que os tectos no projectado Centro de Recursos (CR) ficavam muito baixos, não se tornando adequados à função da sala. Deste modo, optou-se por transferir esta estrutura para o local onde estava previsto o Auditório (1º piso por sobre a entrada). Na globalidade o novo espaço do CR tem menos área mas tem outras vantagens nomeadamente por estar apenas num piso, o que torna mais fácil o trabalho dos assistentes operacionais, para além de serem necessários em menor número. Isto permitiu que a Sala de Pausa dos professores pudesse ocupar o rés-do-chão do antigo CR, ficando também com ligação directa pelas escadas às salas de trabalho dos próprios professores.

Quanto ao Auditório, que previa cerca de 200 lugares, ele acaba por se subdividir em dois, um mais pequeno no piso 0, actualmente chamado de Sala de Grandes Grupos, o outro no 1º andar do sector novo que foi construído a ligar o CR aos sectores da ala nascente. Para João Paulo Pinto, a perda não é grande, ficando um com cerca de 60 lugares (duas turmas), o outro com cerca de 100 lugares (3 ou 4 turmas), o que para pequenas actividades pedagógicas envolvendo um reduzido número de turmas, é positivo. Espectáculos para mais gente podem ser concebidos ou colocados no Salão onde uma bancada retráctil de cerca de 200 lugares criará boas condições de assistência.

Nos primeiros dias de aulas as questões mais faladas entre professores ou entre alunos ou entre ambos eram as relativas à inadequação de algumas instalações aos fins a que se destinavam. Assim, a papelaria tem suportado filas enormes que se estendem pelo salão, estando no mesmo espaço da reprografia – as filas às vezes impedem a passagem dos utentes da reprografia. A solução que já está em estudo é o aparecimento de uma abertura ou balcão do lado do salão. Por outro lado, a não existência de estores neste espaço castiga a funcionária ali presente e os utentes do espaço, que ali apanharam nos primeiros dias temperaturas altas e o sol directo sobre o corpo. Para solário não faltou muito.

Também os quartos de banho e a falta de biombos ou separadores ou guarda-ventos para impedir a visibilidade a partir dos corredores foram apontados como um dos problemas maiores, que entretanto já está a ser resolvido (para já as placas de aglomerado colocadas nos WC tapam pouco, aguardando-se por divisórias em acrílico. A não existência para já de molas nas portas tem aumentado também este problema.

As instalações para Directores de Turma revelaram-se também diminutas pelo que já foi disponibilizado para esse trabalho um outro espaço logo ao lado (uma sala que inicialmente estava prevista como sala de reuniões adstrita à direcção).

Para além destas transformações que se estão a fazer, outra se aproxima, com a criação de melhores condições para atendimento de utentes ou dos profissionais da escola na entrada do edifício. “Um destes dias, professores, alunos e utentes da escola vão ter uma surpresa”, refere-nos João Paulo Pinto.

Entretanto no fim da primeira semana de Outubro (dia 8) a chuva fez das suas. As janelas e vidraças (em madeira) deixaram entrar água a rodos. Foi em todos os sectores, com os funcionários desesperados a apanhar água a cada meia dúzia de minutos. Também surgiram novamente as perguntas do senso comum, a dizer mal dos arquitectos que imaginaram a escola tão cheia de enormes vidraças e de janelas em madeira numa cidade como a Guarda. As soluções chegam dentro de momentos.

Fotos de Paula Ferreira

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