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Almeida vai ter Museu de Arte Primitiva Africana

Objetivo é abrir o espaço, que vai ter peças doadas por Adriano Vasco Rodrigues, dentro de um ano

A Câmara de Almeida pretende vir a abrir um Museu de Arte Primitiva Africana dentro de aproximadamente um ano. O novo espaço museológico que deverá ser criado no Quartel das Esquadras terá um espólio doado por Adriano Vasco Rodrigues, uma das cinco personalidades que vão ser homenageadas pelo município com medalhas de ouro, este sábado, dia do Feriado Municipal.

O presidente da Câmara de Almeida adiantou a O INTERIOR que a autarquia vai «homenagear cinco figuras ilustres do concelho, não por terem nascido aqui mas porque contribuíram para o nosso desenvolvimento e o nosso prestígio». Uma dessas personalidades a que Baptista Ribeiro confere um «destaque especial» é o professor Adriano Vasco Rodrigues que possui «uma das coleções mais importantes que há de arte primitiva africana em Portugal», sendo que «ele vai-nos legar todo o seu espólio». Neste sentido, o edil está «em negociações» para poder instalar o novo museu no Quartel das Esquadras, uma «obra digna da arquitetura militar que necessita de ser restaurado». De resto, «já estamos a preparar duas das muitas salas que tem o Quartel das Esquadras para aí instalarmos o Museu de Arte Primitiva Africana», adianta. O presidente do município de Almeida salienta a criação de «mais um museu importantíssimo» na vila que já possui um Museu Histórico-Militar e numa região que tem o Museu do Côa e as gravuras rupestres.

Baptista Ribeiro frisa que Adriano Vasco Rodrigues tem «das peças mais raras e valiosíssimas de arte primitiva africana existentes em Portugal», o que representa um «motivo de orgulho numa obra que me apraz registar» e que «vai contribuir para enriquecer o nosso património, Almeida e até o país», vaticina. Quanto a prazos para a instalação do Museu, o autarca frisa que ele até «já poderia estar instalado se não fosse a teia da burocracia que temos que ultrapassar» em virtude do edifício não pertencer à Câmara Municipal: «É património do Estado, da Direção Geral do Tesouro, e estou em conversações neste momento para que consigamos uma concessão por 30 anos. Creio que as coisas estão bem encaminhadas até porque penso que estamos a contribuir para que seja uma obra não de Almeida, mas do país», sublinha. Apesar da entrada em funções do novo governo, Baptista Ribeiro está «convencido» que as negociações que já estavam a decorrer «chegarão a bom termo e se tudo correr como espero penso que dentro de um ano podemos ter o Museu instalado», vaticina.

5ª Feira das Artes e da Cultura e Festa do Bacalhau este fim-de-semana

Entre amanhã e domingo, Almeida vai ser palco da quinta edição da Feira das Artes e da Cultura e Festa do Bacalhau, este ano associada ao Feriado Municipal, num evento organizado pela autarquia local.

Sendo este um evento que todos os anos atrai milhares de pessoas, a organização programou um conjunto de atividades ricas na arte e na cultura nacional, entre as quais atuações musicais, artesanato das várias regiões do país e iniciativas como o “Encontro de Pasteleiras”, “Pintar Almeida”, “Concursos Hípicos” “Cerimónias Militares”e pratos gastronómicos confecionados à base de bacalhau. A organização do evento visa «a valorização da identidade do concelho» e contribui para o seu «desenvolvimento cultural, social, económico e turístico».

Ricardo Cordeiro Historiador vai doar um espólio «valiosíssimo» à Câmara de Almeida

Almeida vai ter Museu de Arte Primitiva
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