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Almeida

O que querem os candidatos no seu concelho

António Machado (PSD)

P – Como avalia a gestão da atual maioria?

R – Tenho orgulho em pertencer ao atual executivo. Foram 12 anos de trabalho incansável que no seu términus deixa as bases preparadas com instrumentos de gestão que vão permitir implementar a estratégia que pensámos e que nos permite encarar o futuro com otimismo. Temos um sentimento de dever cumprido.

P – Qual é, neste momento, a principal carência do concelho?

R – Felizmente não temos no concelho de Almeida carências ao nível material, mas, como é do conhecimento de todos, o despovoamento e envelhecimento da população é uma tendência preocupante na generalidade do país, em particular nos territórios do interior. Reverter a perda de pessoas, associada a um envelhecimento generalizado da população, é um dos principais desafios das políticas de coesão territorial, económica e social por parte de uma autarquia e do Governo.

P – E o seu principal projeto?

R – Há uma estratégia com vista à mitigação do despovoamento com incentivos ao empreendedorismo e fixação de pessoas e empresas; procederemos à implementação de projetos que consideramos âncora, como o Plano de Gestão da Fortaleza e a criação da Agência para a Salvaguarda de Almeida; no combate ao despovoamento do centro histórico e no apoio ao empreendedorismo e à requalificação do património histórico; à implementação do Plano de Desenvolvimento e Revitalização de Vilar Formoso, com a criação da Zona de Serviços e a ligação da A25/A62 ao núcleo central da vila; a requalificação do parque TIR, da Rua do Comércio; à implementação de um estudo hidrológico do Rio Côa para tirar melhor partido deste bem e implementar o projeto da Federação Europarc – Carta Europeia de Turismo Sustentável.

Cinco primeiros nomes da lista à Câmara:

1º António José Machado

2º José Alberto Morgado

3º Alcino Morgado

4º David Nabais

5ª Carla Romeiro

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Aristides Sampaio (CDU)

P – Como avalia a gestão da atual maioria?

R – Relativamente ao mandato que agora termina, e apesar dos grandes problemas serem transversais a todo o interior, pensamos que se poderia ter feito muito mais pelo concelho em termos de promoção do dinamismo económico e de travar o despovoamento, aproveitando as enormes potencialidades do concelho, nomeadamente em termos turísticos, históricos, arquitetónicos, culturais, etc.

P – Qual é, neste momento, a principal carência do concelho?

R – A principal carência resulta da primeira questão: é necessário criar condições para fixar pessoas, invertendo o despovoamento e dinamizando a economia.

P – E o seu principal projeto?

R – O principal projeto da CDU para Almeida, mais do que uma obra ou a criação de qualquer infraestrutura, é dar às pessoas condições para se poderem fixar, viver, investir e trabalhar no concelho. Queremos lançar as bases de um concelho com gente, com vida e com progresso. Propomos a concretização deste objetivo através de medidas que constam do nosso compromisso eleitoral, que não é possível enumerar aqui.

Cinco primeiros nomes da lista à Câmara:

1º Aristides Sampaio

2º Bruno Lino

3ª Maria Sieiro

4º João Luís Terreiro

5º José Correia

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Joaquim Fernandes (PS)

P- Como avalia a gestão da atual maioria?

R – Tem sido ineficaz na resolução dos principais problemas de Almeida, não correspondendo às expectativas e necessidades das pessoas. Ciclicamente tem-se limitado a fazer a gestão corrente do município com “timings” eleitoralistas porque está gasta, sem ideias, sem arrojo, sem visão de futuro e incapaz de se antecipar na satisfação das verdadeiras necessidades dos almeidenses.

P- Qual é, neste momento, a principal carência do concelho?

R – É que o atual executivo não consegue criar riqueza que leve à criação de postos de trabalho para estancar o crescente despovoamento. Não foram tomadas as medidas corretivas necessárias, pela falta de visão e pela ineficiente gestão de há largos anos. Assistimos, ao longo de 24 anos, a uma herança de ideias e programas que não se enquadram com as necessidades atuais do concelho e em nada têm contribuído para inverter este flagelo do despovoamento.

P- E o seu principal projeto?

R – O que propomos implementar é uma verdadeira estratégia projetada para o futuro, através de um programa exequível, de emergência, porque a situação assim o requer. Seremos capazes de aproveitar o potencial da nossa situação geoestratégica (somos a porta da Europa), temos um riquíssimo património histórico, religioso e natural. Em suma temos que saber oferecer aos visitantes as nossas potencialidades e rentabilizar os nossos recursos. A tarefa não é fácil, mas temos as ideias e sabemos como o vamos fazer.

Cinco primeiros nomes da lista à Câmara:

1ºJoaquim Fernandes

2º João Coelho

3º Nuno Silva

4º José Escaleira

5ª Maria Emília Pires

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Lourenço Saraiva (CDS)

P – Como avalia a gestão da atual maioria?

R – 24 anos de administração pelo mesmo partido, orientada para a manutenção do poder, arrastaram o concelho de Almeida para a grave situação em que se encontra. Há 24 anos o concelho de Almeida tinha cerca de 9.000 habitantes, agora tem cerca de 6.000. Em 2005 o fluxo de turistas registado no turismo municipal era cerca de 70.000, em 2016 foi cerca de 35.000 (números da CMA). Após 24 anos de enormes investimentos, em infraestruturas, eventos, festas e afins, o comércio diminuiu. Há 24 anos a sede do concelho tinha três agências bancárias, hoje tem uma; Vilar Formoso perdeu também a agência bancária do BPI. A economia encolheu. Nesse tempo tínhamos um Centro de Saúde com SAP (vulgo urgência) 24h/dia e três Extensões de Saúde. Atualmente temos um Centro de Saúde, uma Extensão de Saúde e “consulta aberta” 12h/dia. Além disto acresce: recursos hídricos subaproveitados; agricultura sem escoamento de produções adequado; indústria residual – agroindústria inexistente; gestão territorial residual; processo de candidatura a património da humanidade residual. Urge gritar BASTA! Mudemos de atitude, com gente que coloca os interesses do coletivo acima dos pessoais.

P – Qual é, neste momento, a principal carência do concelho?

R – São autoestima e economia – faltam habitantes, falta turismo, falta comércio e, no que se refere à economia social, falta maior apoio aos idosos no domicílio. Falta-nos também a valorização dos recursos hídricos e perspetiva de ordenamento agrícola e florestal.

P – E o seu principal projeto?

R – O objetivo da nossa gestão será afirmar Almeida, principal fronteira terrestre, no mundo apostando na agricultura, turismo e gestão territorial. E melhorar a economia sem a qual não se cria emprego e não se fixam pessoas, nomeadamente jovens. Queremos também valorizar as pessoas, em especial a infância).

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NR: Os candidatos ausentes deste trabalho não responderam em tempo útil às questões colocados por O INTERIOR.

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