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Alienados primeiros lotes da plataforma logística

Transportadora Olano celebrou escritura definitiva da compra de terrenos na passada terça-feira

A Olano entrou na terça-feira para a história da Guarda ao ser a primeira empresa a celebrar com a autarquia a escritura definitiva da compra de lotes na Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE). O grupo francês de logística e transportes de frio vai construir um entreposto frigorífico com 25 mil metros cúbicos de capacidade, num investimento de quatro milhões de euros que criará 25 novos postos de trabalho directos. O primeiro investimento privado na nova área industrial da cidade deverá ser uma realidade até ao final do ano.

Até lá, avançarão mais duas empresas holandesas, a Pieter Smit Theater Rock Portugal e Mobile Vision Marketing, que operam na área da promoção de eventos culturais. Os seus administradores virão brevemente à Guarda para rubricar as respectivas escrituras depois do executivo ter aprovado, na passada segunda-feira, a alienação de terrenos na PLIE. Ao todo, estas três empresas vão ocupar 14 lotes, esperando o município que as obras de construção arranquem, o mais tardar, até ao Verão. «Todos os projectos deram entrada nos serviços da autarquia, sendo que o processo da Olano é o mais adiantado, pois a empreitada já foi adjudicada», adiantou Joaquim Valente. O presidente do município revelou também que os terrenos foram vendidos a 10 euros o metro quadrado no caso da Olano e a 15 euros aos holandeses. Estes preços resultam de um regulamento de majorações aplicadas consoante a dimensão dos projectos e a sua natureza.

Nesse sentido, o autarca esclareceu que o preço estipulado de 25 euros o metro quadrado para logística e actividades industriais é «meramente indicativo», sendo o valor final apurado consoante as características e importância dos projectos. «A Câmara tudo fará para que nenhum empresário, com iniciativas dinamizadoras e economicamente importantes para a região, vá investir noutro lado», garantiu Joaquim Valente, revelando estarem reservados mais cerca de 15 lotes para outras unidades. «Estas empresas trazem outras atrás de si, por complementaridade em termos de grupo e de actividade», declarou. Por sua vez, José Gomes, vereador do PSD, considerou que a deliberação tomada na reunião de Câmara «já devia ter sido feita há anos». O engenheiro disse esperar que se instalem «muito mais empresas na PLIE e rapidamente, porque a Guarda precisa de investimento industrial e de novos postos de trabalho para se desenvolver». O vereador também não deixou de notar que esta deliberação vem confirmar que a sociedade PLIE «nada tem a ver com o projecto físico em si».

O edil confirmou-o: «A sociedade não entra no negócio porque os terrenos são propriedade do município», lembrou Joaquim Valente, sublinhando que a Câmara «não pode esperar que os parceiros se decidam relativamente à subscrição do aumento de capital. Nesta fase temos que coordenar e liderar o processo». O também presidente do Conselho de Administração da PLIE manifestou ainda disponibilidade para abrir a porta a novos accionistas, conforme o repto lançado por Jorge Leão num recente jantar-debate promovido pelo NERGA. «O acordo parassocial é blindado, mas estamos atentos e disponíveis para encontrar novos parceiros», disse, adiantando que o projecto é prioritário para a autarquia. «O cronograma e a estratégia não foram seguidos com a rapidez que pretendíamos, mas felizmente que o projecto entra agora em velocidade de cruzeiro para dinamizar a economia da Guarda e criar emprego», considerou.

Luis Martins Sociedade PLIE não entra no negócio, porque os terrenos ainda são propriedade da Câmara

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