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Aldeias Históricas são «projeto de futuro»

Vinte anos depois da criação deste programa de desenvolvimento regional, Cavaco Silva regressou a algumas das Aldeias Históricas do distrito da Guarda para dizer que é preciso «consolidar e promover» este projeto

As Aldeias Históricas são «um projeto de futuro» em que vale a pena acreditar e consolidar nos próximos anos. Esta é a mensagem de Cavaco Silva, que na sexta-feira visitou Almeida, Linhares da Beira (Celorico da Beira) e Marialva (Mêda) a propósito dos 20 anos da criação do programa das Aldeias Históricas de Portugal, quando era primeiro-ministro.

«Esperemos que, através de uma adequada gestão, se continue a trabalhar para consolidar e promover este projeto, que é decerto único em todo o país, pela forma como nele se associam o passado e o presente, a cultura e o empreendedorismo, a história e o desenvolvimento regional», afirmou o Presidente da República na sessão comemorativa da efeméride, realizada em Marialva. No seu discurso, Cavaco Silva, que visitou algumas destas localidades pela primeira vez em junho de 1994, referiu que nas Aldeias Históricas é possível reconhecer «um forte potencial» de desenvolvimento. «Não são uma realidade do passado. São um projeto de futuro, em que vale a pena acreditar e seguramente investir, desde que o produto se apresente como diferenciador e apelativo», desafiou o chefe de Estado.

O presidente congratulou-se ainda com o trabalho desenvolvido durante as últimas duas décadas nestas 12 localidades dos distritos da Guarda, Castelo Branco e Coimbra. «Graças à iniciativa dos cidadãos e das empresas, associada à visão e dinamismo dos autarcas, e com o necessário apoio do Estado, foi possível devolver a cada uma das aldeias abrangidas a sua singularidade arquitetónica, instalar unidades hoteleiras bem equipadas e desenvolver sinergias que fazem do conjunto uma atração turística de nível europeu», constatou Cavaco Silva. O Presidente da República acrescentou que esta cooperação resultou na criação de «dezenas de empresas e novos postos de trabalho», o que tem contribuído para «reduzir o despovoamento, para reforçar a coesão social, para atrair turistas».

Por sua vez, o presidente da Associação das Aldeias Históricas de Portugal considerou que estas 12 localidades são «destinos turísticos de eleição» e «uma marca conhecida e reconhecida» no mercado. «Estas aldeias têm infraestruturas, capital humano, oferta diversificada e de qualidade, cultura e o calor humano de quem recebe. Diria com alma beirã», disse António Dias Rocha. O também presidente da Câmara de Belmonte acrescentou que, «num mundo cada vez mais globalizado, mais igual, as Aldeias Históricas oferecem o que de mais genuíno podemos ofertar: a nossa mais profunda portugalidade. Uma oferta de qualidade, certificada, sustentável a título económico, mas também social e ambiental». E passados estes 20 anos «é preciso dar continuidade ao sucesso» das Aldeias Históricas, desafiou Dias Rocha, defendendo uma aposta na política de internacionalização da marca e do território. «No horizonte 2020 quem sabe se não merece uma candidatura a património imaterial da humanidade», referiu o dirigente. A rede das Aldeias Históricas de Portugal é constituída por Marialva, Linhares da Beira, Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Monsanto, Piódão, Sortelha e Trancoso.

Luis Martins Em Almeida, o Presidente da República visitou o Museu Histórico Militar

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