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Aires Dinis “confraterniza” pela cidade

Candidato da CDU à Câmara da Guarda está confiante num bom resultado

Junto à Igreja da Misericórdia da Guarda, ao fim da tarde da última segunda-feira, as bandeiras, os panfletos e os carros de som não enganavam ninguém, a campanha da coligação PCP/PEV estava na rua. Nem o frio e a pouca gente impediu que a comitiva, encabeçada por Aires Dinis, desarmasse a sua luta política pela cidade. Uma campanha tradicional, sem grandes brindes ou ofertas, sem comícios, mas que assenta na simpatia e na confraternização.

Por ali passaram alguns adversários políticos, da esquerda à direita, que, com muito “fair-play”, receberam os panfletos da Coligação Democrática Unitária (CDU) e ainda trocaram alguns “galhardetes”. Entretanto, Aires Dinis foi encontrando e recordando alguns amigos, que lhe comentaram «está melhor ao vivo do que na televisão», assim sendo «o melhor é mesmo não voltar à TV», graceja o candidato. Para os graúdos folhetos com os candidatos à Câmara, à Assembleia Municipal e às freguesias da cidade, mas só da Sé e São Vicente, porque a freguesia de São Miguel ficou de fora. Para os miúdos algumas canetas, mas poucas, e a propaganda de “Os Verdes”, «em defesa de um ambiente saudável para as nossas crianças», justifica o professor. «Ainda há bocado, à porta de uma fábrica, não nos pediram canetas porque já sabem que não somos um partido rico, nem somos despesistas», adianta, com orgulho, Aires Dinis. Para além dos panfletos, «oferecemos promessas de trabalho, competência e honestidade», assegura o candidato, enquanto distribui mais propaganda pelos jovens que por ali passam.

Numa dessas investidas foi interpelado por dois estudantes do IPG, oriundos dos Palop’s, que «sentem alguma dificuldade em prosseguir os estudos». O candidato sentiu-se familiarizado com a questão, já que nasceu em Moçambique: «Percebo perfeitamente a dificuldade deles», disse. Entretanto, os estudantes falaram da falta de ajudas e apoios: «Eu prometi-lhes e vou cumprir, vou apoiá-los no que puder», garantiu. Quanto à campanha está a correr «muito bem, com muita confraternidade e muito apoio da população», destaca o cabeça de lista, acrescentando que «as pessoas acreditam em mim e na CDU». Por tudo isto, confia num «bom» resultado no domingo, porque na conjuntura actual o partido representa «uma nova via, uma nova esperança e uma nova política» para a Guarda. Durante os dias de campanha tem ouvido muitos queixumes, desde o desemprego, à precaridade do trabalho, à crise na agricultura, no comércio ou na indústria. «Todos têm as suas dificuldades, por isso defendo uma melhor gestão e mais qualidade de vida», fazendo alusão à tónica dominante do seu partido.

E o candidato pretende «resgatar» o concelho do “flagelo” do desemprego, da degradação social e da consequente desertificação a que tem sido votado pelos últimos executivos. Uma das suas propostas para contrariar essa tendência passa pelo reforço da solidariedade e da coesão social no concelho e na cidade, mas também na criação de uma sociedade do conhecimento, da educação e da cultura. Aires Dinis quer ainda fazer um território de excelência na saúde e no ambiente. A campanha eleitoral da CDU termina amanhã com uma “grande festa” em Gonçalo.

Patrícia Correia

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