…Escuto…
Existem coincidências felizes. Escrevia na semana passada o amigo N.A.J. no seu “diário interior”, acerca de uma absurda obsessão intelectual pela nota de rodapé como elemento credibilizador do texto. Concordo com ele, mas reverto esse mesmo absurdo em meu favor. Estabeleci essa sobrevalorização como novo fundamento epistemológico para esta rubrica musical, já que desde o início do ano vinha ponderado substituir o corpo do texto do Gira-riscos apenas pelas suas Notas de Rodapé. Poupando assim o público a leituras desnecessárias… Foi um A(i)r que me deu, embebido certamente pela volta a carga da dupla francesa. De novo com a cabeça onde sempre devia ter estado, na lua. Depois desse ovni sonoro que foi Moon Safari, começou-se a verificar alguma deficiência da comunicação e agora percebo porque. O contacto com terra estava povoado por interferências ruidosas (10,000 Hz Legend / Baricco) muito por culpa do débil meio utilizado, Walkie Talkie. Reparação efectuada e revertidos à ordem inicial via Talkie Walkie voltamos a sentir que o experimentalismo combina de novo q.b. com o formato canção pop. A formula magica que os revelou como banda de outro mundo. Cambio e corto.
Por: Bruno Reis
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