Setembro avizinha-se um mês quente, a política nacional começa aquecer. As reentres, as Universidades de Verão, os discursos e os debates mais ou menos elucidativos avizinham-se. Mas, Setembro é sem dúvida o mês do PS. Um PS ativo, com vontade de criar novos rumos. É interessante observar as manobras rocambolescas Nacionais. A sede daquela água fresca transportada em canforas que alimenta ideais, corre o risco de ser desperdiçada e transformada em lava que contamina.
A riqueza da sabedoria popular é inquestionável, leia-se, “ Zangam-se as comadres, sabem-se as verdades”. Infelizmente aplica se cada vez mais aos nossos políticos. A falta de verticalidade, ética, ideologia, ou se preferirmos, base filosófica que sustente as suas práxis é notória. Deparamo-nos com abutres, que julgam ser os donos das verdades e com poderes absolutos para calar os fracos. Deparamo-nos, com silenciadores de ocasião, porque as tais bases de democracia apregoada corrói os seus interesses, confronta-os com as suas novas realidades adaptadas ao oportunismo. A sede do poder não se acalma com ideologias e quando assim é, a politica não passa de mera luta pelo poder, donde desnecessária porque nefasta. As pequenas coisas que dão beleza á vida são esquecidas, o compromisso com quem decide nas urnas é transformado em fotocópia com uma leitura de má qualidade, que ofusca a visibilidade dos mais embrenhados. Os créditos dados ao oportunismo, destroem quem luta por um ideal. Tristemente a Politica transforma, visivelmente não para melhor. As guerras internas corroem e destroem, não dão lugar a solo fértil e saudável, onde o debate é construtivo, onde a linha do horizonte é limite para o progresso, porque há sempre as “pragas” que contaminam.
E voltando ao Povo, gente que sente na pele as más decisões,” ou falta delas” de quem governa. Gente que acredita e se desilude, gente que apesar de não se alinhar com ideais oportunistas, mas que tem os seus, continua acreditar.
É urgente repensar e decidir, continuando a acreditar que alguém nos encaminhará para porto seguro, mas sempre com a firme convicção, que os políticos nos desiludem e que podemos sempre mudar.
Maria Clara Correia, carta recebida por e-mail