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«Ainda espero escrever muitos romances»

Mário de Carvalho recebeu o Prémio Vergílio Ferreira – Consagração em Gouveia

«É a primeira vez que recebo um prémio consagração, mas ainda não me vejo como um escritor sénior e espero escrever muitos romances», disse Mário de Carvalho, que, no último sábado, recebeu em Gouveia o Prémio Vergílio Ferreira – Consagração.

Na cerimónia, o romancista admitiu ter ficado surpreendido com a atribuição do galardão instituído pela autarquia serrana e a Universidade de Évora. «Para mim foi uma surpresa», afirmou, salientando, no entanto, estar muito satisfeito pelo prémio e «pelo prestígio que ele representa». Mário de Carvalho é o primeiro vencedor desta iniciativa, cujo júri foi constituído por Luís Guerra e José Alberto Machado (Universidade de Évora), José Carlos Seabra (Universidade de Coimbra) e Joaquim Lourenço (vereador da Câmara de Gouveia). O prémio vale cinco mil euros e homenageia a totalidade da obra do autor, que conta já com 20 livros publicados. Nascido em 1944, Mário de Carvalho estreou-se na literatura em 1981, tendo publicado regularmente desde então numa grande diversidade de géneros, que vão do romance, ao drama, passando pelos contos e os guiões para teatro. Dono de uma escrita extremamente versátil, a crítica especializada considera-o um dos mais importantes ficcionistas da actualidade.

Entre os vários prémios conquistados destaca-se o Grande Prémio da APE (romance) 1995, o Prémio Fernando Namora 1996 e Prémio Pégaso de Literatura do mesmo ano para “Um Deus passeando pela brisa da tarde”. Em 2004 venceu o Grande Prémio de Literatura ITF/DST. A ligação entre Gouveia e Évora deve-se ao facto de terem sido duas cidades que muito influenciaram a vida e a obra de Vergílio Ferreira (1916-1996), um dos grandes nomes da literatura portuguesa. O romancista nasceu em Melo, freguesia no sopé da Serra da Estrela, onde está enterrado, e leccionou durante muitos anos no liceu de Évora, antes de prosseguir a carreira docente em Lisboa.

Prémio foi entregue pelo reitor da Universidade de Évora, Jorge Araújo

«Ainda espero escrever muitos romances»

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