O Aguiar da Beira recebeu e venceu o Vila Cortês por números expressivos, mas talvez um pouco exagerados. A equipa de Carlos Ascensão veio ao campo Dr. Matos Cid tentar conseguir levar algo de positivo e ainda assustou, mas os pupilos de Totá revelaram-se muito concretizadores.
Durante toda a primeira parte do desafio, a equipa de Aguiar da Beira mostrou um futebol bonito e corrido, com o esférico a passar por todos os sectores. Contudo, o primeiro golo foi marcado por Tino na própria baliza. Ao tentar desviar de cabeça, o central “ofereceu” um brinde aos visitantes batendo Carlitos. Mas, logo aos 13’, Nuno Sena fez o empate após uma grande jogada, concluída com um remate muito forte e bem colocado que Tó Jorge não teve qualquer hipótese de defender. A jogar contra o muito vento, os locais fizeram uma exibição de luxo, forçando o Vila Cortês a errar nas marcações e a jogar mal a meio-campo. Apesar dessa contrariedade, os visitantes surgiram algumas vezes em contra ataque, mas criaram poucas ocasiões de perigo à defensiva local. Aos 23’, o árbitro não validou um golo de Nuno Gomes, mas a reviravolta consumou-se sete minutos depois. Um grande centro de Centeio desmarcou Caleiro, que, sem dar hipótese aos adversários, rematou de pronto para fazer o segundo do Aguiar. Aos 35’, Carlitos desviou para canto um portentoso remate de Tó Mané que levava selo de golo.
Na segunda parte, os aguiarenses surgiram a favor do vento, mas baixaram a qualidade e o rendimento do jogo praticado antes. Uma situação desaproveitada pelo Vila Cortês, que ainda mostrou o que vale de facto mas sem consequências. Mesmo a meio gás, os locais ainda marcaram aos 76’ e 85’ por Nuno Gomes, que jogou muito bem nesta partida. O avançado estaria em posição de fora de jogo, mas o auxiliar nada assinalou. Já o segundo foi um bonito golo, com Varandas a fazer o passe que isolou Nuno Gomes para este fazer de cabeça o quarto tento da partida. Estava feito o resultado final, todavia, um pouco pesado para o Vila Cortês, que se bateu muito bem. A jovem equipa de arbitragem deu uma lição de como se deve apitar, deixando jogar e não intimidando os jogadores. De salientar neste desafio a não amostragem de qualquer cartão.
Pedro Sousa
