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Aguiar da Beira vence primeiro “derby” distrital

Fornos sentiu grandes dificuldades perante um adversário muito lutador

No primeiro jogo do Nacional disputado no seu terreno, o Aguiar da Beira ofereceu a desejada vitória aos seus adeptos, ainda por cima no sempre apetecível “derby” distrital frente à Associação Desportiva de Fornos de Algodres. Após receber as faixas de campeão distrital da Guarda, o Aguiar da Beira mostrou-se uma equipa aguerrida e lutadora, enquanto o Fornos atacou muito, mas quase sempre sem grande clarividência.

O primeiro sinal de perigo pertenceu aos forasteiros com Faneca a rematar forte, perto da baliza de Filipe. Contudo, a partir daqui, os comandados de Totá passaram a ter mais posse de bola, muito por culpa do trabalho de Nuno Sena, Paulo Lopes e Centeio, que não deixaram pensar os “fantasistas” do conjunto fornense Paulo Silva, Vitinha e Santos. Até que aos 23’, o Aguiar da Beira beneficiou de um livre na ala esquerda do seu ataque, que Agostinho transformou de forma exemplar. O avançado aguiarense, que falhou a grande penalidade na jornada inaugural frente ao Milheiroense, rematou de pé direito, com o esférico a sobrevoar toda a defensiva do Fornos e a entrar na baliza de Carlitos, que não fica isento de culpas no lance. Em desvantagem no marcador, o Fornos partiu à procura da igualdade, dispondo de uma boa oportunidade à passagem do minuto 40, após uma boa triangulação entre Paulo Silva, Santos e Oliveira, mas este, em óptima posição, deixou-se desarmar. A finalizar o primeiro tempo, mais duas claras oportunidades de golo. Primeiro, Agostinho aproveitou uma desatenção da defesa do Fornos e obrigou Carlitos a aplicar-se. Na resposta, David subiu até à grande área adversária e cabeceou forte para a defesa da tarde de Filipe. No segundo tempo, marcado pela chuva, Vítor Tejo fez entrar Bartolo e conseguiu intensificar o domínio do Fornos, mas o candidato assumido à subida à IIª B não teve arte nem engenho para concretizar as poucas oportunidades que conseguiu criar. Aos 66’, Santos rematou muito por alto uma bola cruzada por Bartolo, enquanto que dez minutos volvidos, David, com tempo e espaço para fazer melhor, cabeceou ao lado. Apesar dos dez minutos de desconto, e a jogar com dez unidades desde os 82’, após expulsão de Sérgio, o Aguiar da Beira conseguiu segurar a preciosa vantagem até ao apito final do portuense Bruno Rodrigues, que não teve uma tarde feliz.

No final do encontro, os dois treinadores divergiram quanto à justiça do resultado. Do lado do Aguiar da Beira, Totá afirmou que «pelo que fizemos, batalhámos e lutámos, a vitória ajusta-se plenamente», mostrando-se confiante em derrotar o Riachense e seguir em frente na Taça de Portugal. Já Vítor Tejo, treinador do Fornos, criticou a actuação do árbitro, que acusou de ter colaborado «com o anti-jogo», reconhecendo a ineficácia da sua equipa: «Não estivemos numa tarde feliz. Tivemos três ou quatro situações de golo que, em condições normais, concretizamos», afirmou, também convencido de que o Fornos vai prosseguir na Taça de Portugal e derrotar o Abrantes no domingo.

Ricardo Cordeiro

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