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Aguiar da Beira vence jogo com final emocionante

Figueiró da Granja “vendeu cara a derrota” numa partida com cinco golos e dois penaltis falhados

O Aguiar da Beira foi ao terreno do “lanterna vermelha” Figueiró da Granja garantir mais três pontos na luta pela liderança do Distrital da Guarda e beneficiou do empate do Mileu em Alverca da Beira para ficar a um ponto do segundo lugar. Contudo, depois de dominar por completo a primeira parte e marcado três golos, a reacção da equipa da casa surpreendeu tudo e todos, já que marcou dois golos nos últimos 10 minutos e terminou o jogo “em cima” da formação de Totá.

O encontro começou com o Aguiar ao ataque para marcar cedo, tendo beneficiado de uma grande penalidade logo aos 3 , por pretenso derrube de um defesa local a Agostinho. No entanto, o avançado aguiarense atirou denunciado e permitiu a defesa de Pedro Norte. Sempre a dominar, o Aguiar acabou mesmo por chegar ao golo aos 9’. Depois de um canto na direita, Litos, num lance infeliz, introduziu a bola na sua própria baliza. Volvidos dois minutos, Simões fez um cruzamento largo da direita para o segundo poste onde apareceu Agostinho, liberto de marcação, a cabecear para o fundo das redes. O Figueiró mostrava-se impotente para travar a dinâmica do Aguiar e o melhor que conseguiu em todo o primeiro tempo foi acertar na parte exterior do poste da baliza de Carlitos na marcação de um livre por Ivo, aos 28’. Quanto ao Aguiar aumentou a vantagem aos 37’. Pedro Norte, autor de uma grande defesa no lance anterior após cabeceamento de Nuno Gomes, não conseguiu segurar uma bola rematada da esquerda, tendo o esférico ressaltado para a entrada da área onde Centeio aproveitou para marcar. Passados dois minutos, Nuno Gomes viu o vermelho directo por protestos.

Mas mesmo a jogar com dez, o Aguiar continuou a controlar e aos 41’, Miuzela “teve” que rasteirar Agostinho quando este se ia isolar. Esteve mal o árbitro ao mostrar apenas o amarelo. Na marcação do livre, o mesmo Agostinho acertou em cheio no poste esquerdo. Parecia então que os visitantes tinham o jogo absolutamente controlado, pois o Figueiró não tinha mostrado argumentos para contrariar o resultado. Puro engano, já que os locais entraram para a segunda metade com uma vontade e uma postura bem diferentes. O primeiro sinal de perigo aconteceu aos 57’, com Ricardo Almeida a rematar forte e a obrigar Carlitos a aplicar-se. Aos 65’, o Figueiró podia ter reduzido, quando Litos aproveitou uma saída em falso do guardião aguiarense para fazer passar a bola perto da baliza. Neste período o Aguiar não conseguia sacudir a inesperada pressão da equipa da casa e, aos 69 , Castro, de fora da área, obrigou Carlitos a nova boa defesa. Na resposta, em contra-ataque, Celso, uma das melhores unidades dos visitantes, podia ter “acabado” definitivamente o jogo não fosse Pedro Norte. Um minuto depois, o Figueiró dispôs de uma grande penalidade, mas Ivo permitiu a defesa de Carlitos.

Apesar da perdida, o avançado não baixou os braços e marcou mesmo aos 78’, ao desviar um cruzamento de Castro. O Figueiró acreditou então que era possível e voltou a marcar aos 82’, quando Lino desviou de cabeça um canto. A pressão da equipa da casa intensificou-se até final, mas sem resultado. Marco Rodrigues fez um trabalho razoável, com alguns erros, nomeadamente, no aspecto disciplinar. No final, Nélson Melo, treinador do Figueiró, reconheceu que a sua equipa «entrou mal no jogo», mas elogiou o «brio» demonstrado pelos seus atletas na segunda parte. Já Totá, do Aguiar da Beira, considerou que o Figueiró «não justificou em nada» os dois golos. «Este resultado é muito enganador», disse.

Ricardo Cordeiro

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