O Aguiar da Beira continua a fazer história na presente edição da Taça de Portugal, após ter eliminado o União de Lamas no último domingo e carimbado a passagem à quarta eliminatória da competição.
Foi uma tarde da festa da Taça, com a equipa local a receber e a vencer uma formação que também milita na série C da IIIª Divisão perante boa assistência. O início foi bastante equilibrado entre duas formações muito iguais, já conhecidas, dado que já se defrontaram esta temporada, mas a tendência de ambas era apostar mais no jogo tático e aguardar por um erro do adversário. Os visitantes foram os primeiros a criar perigos aos 9’, com Patrício a responder com uma bela intervenção a remate de David II. A resposta surgiu pouco depois, por Renan, que, após bela jogada, finalizou com o guarda-redes a sacudir com os punhos. O jogo estava bastante aberto, mas os aguiarenses conseguiram sempre segurar a forte criatividade dos lamecenses.
Após o reatamento, as equipas adotaram sistemas táticos diferentes, com o Aguiar a apostar no contra-ataque e o U. Lamas na tentativa de pressionar pelo meio, mas sem grandes efeitos práticos, porque a defensiva da casa estava muito bem organizada, com Patrício a dar imensa confiança ao coletivo. De resto, as duas equipas conseguiram criar oportunidades que levaram algum perigo às balizas, mas o nulo persistiu até ao final do tempo regulamentar pelo que houve prolongamento, período em que as equipas deram mais velocidade ao jogo. Nesta fase, o Aguiar da Beira teve mais ímpeto atacante e, aos 103’, Tiago Gomes conseguiu marcar num livre na zona frontal para grande alegria dos seus adeptos. Até ao final, os aguiarenses não abriram mão da preciosa vantagem, alcançado uma grande vitória e um feito histórico.
Resta agora aguardar que um “grande” possa sair no sorteio a realizar brevemente. Este resultado foi também, a nível financeiro, um grande presente para a direção aguiarense porque, segundo o novo modelo da Taça, o clube vai receber dinheiro. O árbitro Ângelo Correia (Castelo Branco) fez um trabalho razoável.
António Pacheco
