Num dos jogos grandes da oitava jornada, o Campo Astolfo da Costa, em Pinhel, recebeu a partida entre a equipa local, a União Desportiva “Os Pinhelenses”, e o Aguiar da Beira, que acabou por vencer pela margem mínima.
O jogo começou de uma forma algo incaracterística com nenhuma das equipas a querer, ou poder, ser dona e senhora do jogo. Apesar de ao longo da primeira parte terem surgido algumas oportunidades para ambas, o nulo manteve-se ao intervalo. Na segunda parte a vontade em chegar ao golo passou a ser bastante evidente nas duas formações e, logo no início, Nuno Gomes “tirou um coelho da cartola”. Depois de ter feito o quis dos seus adversários, o avançado aguiarense marcou com um remate cruzado e bem colocado. Para além do mérito do jogador, houve neste lance um erro quase colectivo da defesa dos Pinhelenses. A perder, os homens da casa foram à procura do prejuízo, mas, por manifesta falta de sorte e de inspiração, os pupilos de José Vaz não conseguiram dar a volta ao resultado. As oportunidades foram muitas, só que o poste e a barra da baliza do Aguiar da Beira também estiveram em grande plano. Do lado contrário aconteceu o mesmo, já que o Aguiar da Beira ainda poderia ter dilatado a vantagem. Em suma, valeu o forte colectivo dos visitantes que mostraram, uma vez mais, terem jogadores muito experientes e que sabem cumprir com rigor as ordens vindas do banco. A somar a isto, destaque para uma fornada de jovens com futuro promissor no futebol e que começam a fazer a diferença. Contudo, esta equipa tem um grande senão no plantel muito curto, situação que poderá ser uma contrariedade ao longo da época. Quanto aos Pinhelenses, não conseguiu concretizar as oportunidades criadas e, como é óbvio, sem golos não pode haver vitórias. Vale à formação da “cidade-falcão” o facto de ter uma equipa que se pode considerar bastante boa, faltando-lhe talvez algum entrosamento e, se calhar, os jogadores cumprirem o que lhes é transmitido pelo técnico José Vaz.
Rui Geraldes/Rádio Elmo
