A factura da água vai aumentar 1,32 por cento na Guarda para consumos até cinco metros cúbicos, mas os consumidores dos escalões seguintes, até 15 metros cúbicos – a grande maioria, terão que pagar mais 2,7 por cento.
Já quem gasta mais de 15 metros cúbicos terá uma subida de quatro por cento. Segundo o vereador Vítor Santos, estes clientes representam apenas cinco por cento dos 22.404 servidos pelos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SAMS), mas serão «quem tem mais poder de compra para suportar esta factura». Este ano, o comércio e serviços escaparam à actualização dos preços. O novo tarifário, que inclui ainda um aumento de 4,9 por cento no saneamento, foi aprovado por maioria na última reunião de Câmara, com os votos contra da oposição, que alegou trata-se de uma «subida violenta» dos preços, afirmou Rui Quinaz. O vereador social-democrata lamentou que sejam os munícipes a pagar «as correcções dos desequilíbrios» existentes nos serviços, mas ressalvou o facto dos preços não mudarem para comércio e indústria. Já os beneficiários das tarifas sociais terão mais isenções, pois não será cobrada a quota de disponibilidade (2,40 euros) e as tarifas saneamento 1,55 euros) e resíduos sólidos (0,55 euros).
«Na prática, uma família tipo pagará mais um cêntimo por metro cúbico num consumo até cinco metros cúbicos e cinco e 15 cêntimos nos escalões seguintes”, referiu o vereador Vítor Santos. Segundo o também presidente dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SAMS), esta actualização dos preços deve-se a um aumento de cinco por cento por parte da empresa multimunicipal Águas do Zêzere e Côa. A oposição recordou o fecho da Delphi para lamentar que a Câmara «e o PS» nada fizeram em defesa da fábrica da Guarda-Gare. «Houve um absoluto silêncio. Como é que a autarquia não pede nada para a cidade em compensação? É evidente que isso tem a ver com poder político e capacidade de influência», criticou Rui Quinaz, lembrando que as três propostas da distrital não conseguiram o apoio da maioria socialista. Nesta reunião foi ainda aprovado um voto de pesar pelo falecimento de Augusto César de Carvalho. Natural da Mêda, ocupou o cargo durante oito anos e também pertenceu à administração do Hotel Turismo, lembrou Joaquim Valente.
Luis Martins