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Agosto de teatro no Fundão

ESTE promove, entre amanhã e dia 27, o Festival TeatroAgosto

Cerca de uma dezena de espectáculos de teatro e de música vão animar as noites do Fundão a partir de amanhã, em mais uma edição do Festival TeatroAgosto promovido pela Estação Teatral da Beira Interior (ESTE). O evento, que termina dia 27 no espaço GardunhaViva, assenta numa programação cultural variada num período considerado «artisticamente morto», sobretudo na Beira Interior.

A cortina é levantada amanhã à noite com “O Santo Jogral Francisco”, por Filipe Crawford Produções. A peça, da autoria de Dário Fo (Prémio Nobel da Literatura 1997), centra-se em cinco episódios da vida do Santo Francisco de Assis, pioneiro nas questões ecológicas e pacifistas. O espectáculo é encenado por Nuno Pino Custódio e interpretado por Filipe Crawford. Mais tarde, a noite será animada pelo grupo Português Suave. No sábado sobe ao palco “Private Lives”, uma criação colectiva do Teatro Praga a partir de uma história de Noel Coward. Seis actores representam quatro papéis para debater temas como a Serendipidade, o Book-Crossing, o Random Order, Nietzsche e o Amor. Este trabalho, interpretado por André Teodósio, Carlos Alves, Paula Diogo, Patrícia da Silva, Pedro Penim e Sofia Ferrão, ganhou o prémio “Teatro na Década 2003” do Clube Português de Artes e Ideias nas categorias de Encenação e Melhor Actriz. No domingo, a companhia T3T apresenta “Eles São Gente”, de e encenada por Nuno Pino Custódio, com interpretação de Pedro Diogo e Sérgio Fernandes. Nos dias 23 e 24 haverá animação de rua na esplanada da GardunhaViva.

No dia 25 entra em cena a companhia espanhola Yllana com o espectáculo cómico “Olimplaff”, centrado essencialmente na linguagem gestual, na técnica do “clown” e da pantomima. Esta proposta resulta da criação colectiva da companhia e é interpretada por César Maroto, Gus Cortés e Juanfry Durado. Depois, é a vez do grupo Jerónimo e os Cro-Magnon animar o resto da noite com um tributo musical a Bob Dylan intitulado “Forever Young”. No dia seguinte, o Teatro Oficina apresenta “A Queda dos Cutileiros”, uma peça de aventura pelos jardins do Palácio de Vila Flor, pelas tascas da Rua de Camões, pelas extravagâncias do rocócó e, até, pelos ritmos das fábricas de cutelaria. A ideia original é de Graeme Pulleyn (que também encena), de Walter Janssens e Helen Ainsworth. Em palco, Carlos Rego, Cecília Dias, Diana Sá e Emílio Gomes guiam a assistência nesta viagem. O festival termina com a prata da casa, já que a ESTE apresenta a sua mais recente produção. “Pax Romana” foi criada e encenada por Nuno Pino Custódio, com interpretação de Alexandre Barata, Pedro Diogo e Sérgio Fernandes. Entretanto, nos dias 19, 20, 26 e 27, decorre a terceira formação de actores, desta vez centrada na técnica da máscara. O “workshop” é orientado por Sandra Horta no Hotel Príncipe da Beira. A iniciativa é aberta a todos os interessados e as inscrições custam 40 euros ou 75 euros com dormida.

Liliana Correia

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