A velocidade e a proeza de 170 betêtistas estiveram à prova, no último sábado, na zona histórica da “cidade neve”, durante a segunda edição do Covilhã Downtown. O evento, organizado pela Estrela Radical e pela Down Stream – Desportos e Aventura, foi a quarta etapa do primeiro circuito nacional da modalidade e voltou a ser um sucesso em termos de público, que se concentrou nas várias zonas de espectáculo definidas entre o Parque Alexandre Aibéu e a Praça do Município.
Emanuel Pombo, vencedor da primeira edição do Covilhã Downtown, voltou este ano a ser o mais rápido nas duas mangas, ao terminar a prova com 1m28s89. Menos um segundo que Nuno Duarte (Info BTT.com/Turner) e menos dois que Paulo Domingues (Biciplus). Os obstáculos e dificuldades do percurso com 1.100 metros de extensão – com ruas estreitas, curvas apertadas, inúmeras escadas íngremes, percursos em “s” e zonas de salto em madeira – não foram problema para Emanuel Pombo. Este foi, aliás, um percurso que lhe agradou, a ponto de considerar a prova como a melhor do circuito nacional. «Adorei o percurso. Por ser mais pequeno que no ano passado, foi mais engraçado e mais estimulante», disse o jovem de 18 anos, natural da Madeira. A vitória na Covilhã permitiu ao atleta da equipa flaviense “Run and Bike” entrar na disputa pelo primeiro lugar da geral, ocupado actualmente por Paulo Domingues e que só ficará decidido em Agosto, na última etapa agendada para a Aldeia Histórica de Monsanto (Idanha-a-Nova).
Por isso, o “rider” considera a Covilhã como um «talismã» e espera que as últimas três provas sejam «tão boas» quanto a de sábado passado. As «excelentes condições» da “cidade neve” para a prática de “downhill” urbano foram também realçadas por Ricardo Leão, da Down Stream, para quem a Covilhã poderá ser a «prova rainha» do Nacional da modalidade no próximo ano. E isto não só pelas suas condições naturais, mas também devido à «experiência da Estrela Radical e ao excelente e numeroso “staff”», referiu, adiantando haver já conversações com a autarquia local para esse efeito. Uma possibilidade que Pedro Rodrigues, da Estrela Radical, considera «muito boa», visto que o evento irá atrair os melhores “riders” nacionais. «É das cidades mais favoráveis para a prática da modalidade», considera, apontando as condições naturais da Covilhã e a «polivalência de percursos», que permitem alterar o circuito consoante as edições. «Só não se equipara ao Lisboa Downtown porque não temos os pilotos mundiais nem “prize money’s” aliciantes», lamenta, garantindo que o Covilhã Downtown seria «o melhor em Portugal» se isso acontecesse. O circuito nacional prossegue em Tomar, Vila Real e Monsanto.
Liliana Correia
