No 1º de Dezembro de 1640 uma conspiração de nobres acabou com a forçada união ibérica e aclamou rei D. João IV, como rei de Portugal!
Tratou-se de uma revolta contra as sucessivas e cada vez mais insuportáveis afrontas perpetradas pelos reis castelhanos que desde 1580 governaram Portugal. Considerada como uma das datas essenciais da afirmação da identidade nacional, a par da Batalha de Aljubarrota (1385), restituiu a Portugal os foros de Nação independente.
O 1º de Dezembro é o nosso feriado civil mais antigo, foi instituído em 1910, consequência da ação do movimento patriótico surgido na segunda metade do séc. XIX (Manifesto de 1861, subscrito, entre outros, por Alexandre Herculano) e vigorou, de modo ininterrupto, até que o governo PSD/CDS o extinguiu, em 2012, apesar da medida não constar dos seus programas, eleitoral ou de governo. O feriado foi, justamente, reposto em 2016 pelo atual governo.
Atendendo ao aludido simbólico relicário, a Mocidade Portuguesa (organização fundada em 1936 com o objetivo de estimular na juventude a formação do carácter e a devoção à Pátria) adotou, há 80 anos, o 1º Dezembro como data das suas comemorações próprias, efeméride assinalada pelo GUIÃO – Centro de Estudos Portugueses, com a cunhagem de uma medalha comemorativa.
António Nabais Caldeira, delegado regional do GUIÃO nas Beiras
