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ACG propõe parceria à autarquia

Para construir parque subterrâneo na Praça Velha

Após surpreender os guardenses com um inédito buzinão de protesto na cidade, a Associação Comercial da Guarda (ACG) reuniu-se à noite, numa assembleia extraordinária de comerciantes, para delinear estratégias. «Temos que acertar o mesmo fuso», exclamou um dos comerciantes da Praça Velha, considerando, empolgado, serem necessárias «medidas já!».

Um autêntica palavra de ordem que sobressaiu na «tertúlia colectiva», como preferiu chamar-lhe o presidente da ACG, Jorge Godinho, onde ficou assente que «não há uma guerra aberta contra a Câmara», mas a realidade é que todas as cidades vizinhas «crescem, têm parques de estacionamento e silo-autos, por isso, só estamos a reivindicar algo que é para todos». Para ACG, não há outra solução que não seja o parque de estacionamento subterrâneo na Praça Luís de Camões, até porque «não há estudos que inviabilizem esse projecto», garante Jorge Godinho. E mais. A associação até já dispõe de uma lista de empresas interessadas em investir naquele local «por causa da centralidade exacta», justifica. A exemplo de outros parques feitos noutras cidades do país, «até sugerimos à autarquia que fizéssemos em parceria a execução do projecto e temos a garantia que o realizávamos em nove meses», assegura o presidente da ACG. «Até porque há uma diferença entre as obras da Câmara e as obras de empresários», realça Jorge Godinho, que não esquece uma promessa da autarquia que garantia que as obras não arrancavam sem os parques alternativos. «O que não está a ser cumprido», lamenta. Nesse sentido, prometeu que vai «ser político» na próxima Assembleia Municipal da Guarda e irá defender esta causa «nem que isso signifique estar contra o meu partido».

Contudo, a opinião não foi unânime e nem todos os presentes defendem um parque subterrâneo no “coração” do centro histórico. Para alguns comerciantes «é urgente encontrar outras soluções, mais rápidas», como disse uma das intervenientes. Já Luís Soares, associado da ACG e engenheiro civil na autarquia, defende que «os pareceres têm que ser técnicos e não técnico-políticos», acreditando por isso que o parque subterrâneo na Praça Velha «é a melhor solução para todos». Segundo o engenheiro, «impedir a alteração do trânsito já foi uma grande conquista». No final, ficou decidido que na reunião a realizar com Maria do Carmo Borges só haverá duas soluções: «Ou diz logo que não ao parque de estacionamento subterrâneo e terá que justificar e dar alternativas, que não as quatro enunciadas pelo vice-presidente», pois essas não satisfazem. «Ou não dá uma resposta definitiva e aí exigimos datas e um compromisso com os comerciantes», reivindicam. Até lá, a ACG ainda aguarda pelo processo da intervenção na Praça Velha, que já solicitou mas que ainda não receberam até à data.

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