Arquivo

Acesso fácil e gratuito às novas tecnologias

Cybercentro da Guarda abriu finalmente as portas

Foi lançado pelo então secretário de Estado da Juventude, Miguel Fontes, em 1999, mas foram dois secretários de Estado de José Sócrates que inauguraram, na passada quinta-feira, o Cybercentro da Guarda, instalado no edifício Solar dos Póvoas, em plena Praça Luís de Camões. Só sete anos depois. Tudo por causa da “má sorte”, já que faliram duas das três construtoras que por ali passaram. Gabriela Flor, a delegada da Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação (FDTI), na Guarda, é a directora do novo espaço cibernauta.

O Cybercentro da Guarda será um espaço de demonstração prática e fomento do uso das tecnologias da informação, comunicações e multimédia, «destinado essencialmente à população jovem e estudantil mas também à população em geral», frisou Álvaro Guerreiro, durante a cerimónia de inauguração, que contou com a presença do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, e o secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos. Para concretizar a realização deste espaço foi constituída em Abril de 2001, a Associação Cybercentro da Guarda que tem como parceiros, a Câmara Municipal da Guarda, o Instituto de Comunicações de Portugal – ANACOM e a Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação. Com um custo final de 766 mil euros, funcionará diariamente até à meia-noite e está aberto ao público gratuitamente, desde segunda-feira. Quanto à gestão será feita pela Associação com os recursos humanos e técnicos do FDTI.

Para Álvaro Guerreiro é um equipamento «fundamental» para a cidade. «Trata-se da recuperação de um edifício marcante da Praça Velha e do centro histórico, mas vai ser sobretudo um espaço de grande utilidade para a comunidade através da disponibilização do último grito em novas tecnologias de informação», sublinhou o edil guardense. O novo espaço cibernauta passa a ser uma entidade dotada com espaço próprio para o desenvolvimento das suas actividades que têm como principal objectivo «a promoção das tecnologias de informação e a respectiva divulgação com vista a garantir a igualdade de oportunidades ao seu acesso e utilização», realça o autarca. Para garantir a sustentabilidade ecónomico financeira do novo espaço foi estabelecido um protocolo entre a Associação e a Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação no qual serão definidas as formas de cooperação técnica e financeira entre as duas partes.

O Cybercentro vai ficar equipado com um Centro de Produção Multimédia (vocacionado para a formação, informação e comunicação na Internet, bem com a produção audiovisual), um Centro de Informática (dotado de hardware e software, acesso à Internet, apoio documental e assistência técnica personalizada), um Centro de Formação (onde será dada formação assistida por computador e cursos promovidos pela FDTI), uma Biblioteca CD Rom, salas de estudo, bar e um posto de Rede Nacional de Informação Juvenil. Além destas valências, foi ainda recuperada a antiga capela e transformada em auditório. De resto, o projecto foi elaborado pelo arquitecto Nuno Morais. Recorde-se que o percurso azarado começou com as construções D. Sancho, que abandonou os trabalhos a meio. Depois a autarquia abriu um novo concurso, mas os dois únicos concorrentes não satisfaziam as exigências do caderno de encargos. No terceiro concurso venceu a proposta da firma Manuel do Carmo Rodrigues, Lda, que dois meses depois também abandonou as obras. O Cybercentro viria a ser concluído pela firma Chupas & Morrão.

Patrícia Correia

Sobre o autor

Leave a Reply