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Abertura do primeiro lanço do IP2 está por dias

Presidente da AENEBEIRA considera que Trancoso e Celorico da Beira têm um ano «de vantagem relativa» relativamente a outras localidades da região

Está quase tudo pronto para que abra ao trânsito o primeiro lanço do IP2, entre a A25 (em Aldeia Rica, Celorico da Beira) e Trancoso, num total de 29 novos quilómetros de auto-estrada. Este é o único troço da concessão Douro Interior com aquelas características (com quatro vias).

A informação foi avançada pela Ascendi, o consórcio responsável pela construção, manutenção e exploração da nova via que ligará a A25 a Macedo de Cavaleiros. «A construção da concessão decorre conforme planeado, pelo que, cerca do final do mês de Novembro, início de Dezembro se prevê a abertura ao tráfego do lanço do IP2 Celorico da Beira/Trancoso», confirmou o consórcio em comunicado. Na mesma data, os automobilistas vão também poder circular no lanço do IC5 que liga ao IP4, em Murça, e o nó de Carlão, em Alijó. A Douro Interior, que inclui a ligação Macedo de Cavaleiros-Celorico da Beira (antigo IP2) e o IC5, entre Murça e Miranda do Douro, terá 242 quilómetros. O empreendimento foi concessionado à Ascendi, em regime de exploração sem portagem, por um período de 30 anos. As obras nos troços Celorico da Beira (A25) -Trancoso, o único em perfil de auto-estrada, e Murça (IP4) – Carlão arrancaram em Julho de 2009. No distrito da Guarda, os trabalhos prosseguem entre Trancoso-Mêda-Vila Nova de Foz Côa, prevendo-se que a sua entrada em funcionamento ocorra em 2011.

«A abertura da circulação automóvel em todos os itinerários que estão previstos nesta concessão é extremamente importante, porque permite a redução do tempo médio de viagem e outras condições de acesso aos territórios abrangidos». Esta é a convicção do presidente da AENEBEIRA – Associação Empresarial do Nordeste da Beira em relação ao impacto da concessão do Douro Interior na região. António Oliveira considera que se trata de uma obra «muito importante para uma zona servida por uma rede de estradas construída nos anos 40, que são vias sinuosas onde se circulava a velocidades reduzidas». A concessão abarca o Norte do distrito da Guarda e o Nordeste transmontano, pelo que «irá permitir melhorar significativamente» as ligações desta vasta zona, acrescenta o responsável.

O presidente da AENEBEIRA encara mesmo a construção como «fundamental para o desenvolvimento destas regiões e para a fixação de empresas, além de contribuir para o crescimento das unidades existentes e para a atracção de novos investimentos». Quanto ao facto de abrir primeiro o troço entre Celorico e Trancoso, António Oliveira admite que a cidade ficará «um ano numa vantagem relativa, pelo troço abrir ao trânsito um ano antes. Mas o impacto geral da concessão só poderá ser feito no final de 2012», considera.

Ligação a Vila Franca das Naves entre casas

O troço de ligação do IP2 a Vila Franca das Naves, e que será também inaugurado nos próximos dias, afunila-se entre quatro casas da Rua dos Moinhos, o que poderá originar alguns problemas daqui para a frente. Segundo a autarquia, esta opção foi seguida após um primeiro traçado, pensado para uma zona de terrenos agrícolas, ter sido chumbado pelo Ministério da Agricultura.

Mas esta alternativa não se afigura muito cómoda. O novo traçado corre paralelo ao antigo, e coincide com a EM 580, passando entre quatro casas, que ficam localizadas entre as duas novas rotundas. De acordo com as medidas tiradas no local, a distância entre os muros que delimitam as casas é de cerca de 8,40 metros naquele que será o ponto mais estreito, sendo que a via tem uma largura de aproximadamente cinco metros. Outro problema prende-se com o reduzidíssimo espaço deixado para construir passeios entre as habitações e a estrada, e por isso tem merecido algumas críticas por parte dos moradores

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