Arquivo

Abençoados com muito azar

Serranos sofrem segunda derrota consecutiva e afastam-se dos primeiros lugares

Começa a ficar muito complicado para o Covilhã atingir os objectivos iniciais da época, que passavam por alcançar o “play-off” final e lutar pela subida à Liga de Honra. Isto porque os serranos sofreram, no domingo, a segunda derrota consecutiva na série C do Nacional da IIª Divisão e estão agora a sete pontos do primeiro lugar.

Em Fátima, os “leões da serra” viveram uma tarde de muito azar, com o guardião local, o árbitro e a falta de eficácia a deitarem abaixo uma excelente exibição. A partida começou com o domínio dos locais, que, nos minutos iniciais, incomodaram Serrão por duas. Primeiro, num disparo de Carlos Manuel que o guardião do Covilhã defendeu com alguma dificuldade. Logo de seguida foi Joel quem tentou um golo “à Quaresma”, mas a bola saiu ao lado do poste. A partir daqui só deu Covilhã, que, com marcações acertadas, anulou o ataque e o meio-campo da equipa da casa. E as oportunidades começaram a surgir para o lado dos visitantes. Perto da meia-hora, Paulo Campos falhou o alvo, o mesmo acontecendo a Real aos 37’, cujo cabeceamento saiu por cima da trave. Já bem perto do intervalo surgiu a melhor oportunidade do Covilhã. Pesquina rematou e o guardião contrário defendeu para a frente, mas a recarga do avançado serrano foi desviada por um voo incrível de Pedro Duarte.

Na segunda parte entrou em cena o árbitro da partida, que, logo aos 49’, não viu uma mão na bola de João Fonseca e, à hora de jogo, expulsou injustamente Rui Morais. Contudo, apesar de jogar com menos uma unidade, o Covilhã não perdeu a vontade de atacar, só que a pontaria dos seus avançados esteve longe de ser a melhor. E quando faltava perto de um quarto de hora para o fim, o azar voltou a bater à porta da equipa serrana. Cruzamento fraco de Rodrigo Dantas e João Cardoso, ao tentar tirar a bola da zona de perigo, acabou por introduzi-la na própria baliza. Apesar deste golo, os visitantes reagiram bem e tiveram uma grande oportunidade para empatar, mas o disparo de Luizinho encontrou a oposição de Pedro Duarte. Tudo corria contra os covilhanenses, que sofreram o segundo golo no lance seguinte, um contra-ataque finalizado por Carlos Manuel. Foi o golpe fatal para as aspirações da equipa de Vítor Cunha, que ainda poderia ter reduzido mesmo sobre o final, mas Luizinho falhou o golo de forma incrível. No final, o técnico do Covilhã afirmou que «uma equipa jogou e a outra marcou», felicitando os seus jogadores: «Eles só podem estar de parabéns pela boa exibição», sustentou.

Sobre o autor

Leave a Reply