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Abaixo-assinado contra o fecho das Finanças de Pinhel

Comissão de utentes organizou uma ação de protesto e começou a recolher assinaturas na passada segunda-feira

Um grupo de pinhelenses juntou-se para contestar o possível fecho da repartição de Finanças no concelho, tendo promovido uma ação de protesto e recolha de assinaturas em frente ao espaço, na passada segunda-feira. A resposta surge cerca de três semanas depois da divulgação de um Estudo do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, que coloca Pinhel e mais nove concelhos do distrito da Guarda na lista de repartições a fechar. A “Cidade-Falcão” não quer ficar às “escuras”, já que uma eventual deslocação aos serviços de Guarda, Seia, Sabugal ou Gouveia implicaria custos acrescidos para a população, defende a organização.

«Tivemos a participação de cerca de 80 pessoas», estima Sílvia Cura, porta-voz da Comissão de Utentes de Defesa dos Serviços Públicos do concelho de Pinhel. O movimento contava, anteontem, com 160 assinaturas contra o eventual fecho da repartição local, número que deverá aumentar nos próximos dias: «Houve pessoas que se juntaram a nós e que vão recolher assinaturas nas suas freguesias», antecipa a responsável, que acredita que os pinhelenses «vão responder em força». Isto porque a situação vai «afetar de todas as formas», entende.

«É uma população envelhecida, muitos não se podem deslocar até à Guarda», avisa Sílvia Cura, considerando que «os transportes não são os melhores, pois não há a qualquer hora e os que há são caros». «Quem diz que não afeta, não está a raciocinar», critica, sublinhando que «representa a perda de postos de trabalho, o que influencia a economia local». A porta-voz não tem dúvidas que o objetivo comum – manter os serviços – que uniu a comissão vai chamar mais cidadãos: «A população vai aderir porque é um problema que afeta todos», garante. Caso o fecho se confirme ou continue a ser uma “ameaça”, a Comissão de Utentes está preparada para fazer chegar o abaixo-assinado «a quem de direito», organizando ainda outras ações de protesto, reitera a representante. Contactado por O INTERIOR aquando da divulgação do estudo, o presidente da Câmara de Pinhel defendera que «quatro repartições para 14 concelhos é uma decisão de quem não tem noção do que é o país e do que é o distrito da Guarda». Rui Ventura prometera, na altura, juntar-se aos restantes autarcas «para mostrarmos ao Governo o nosso descontentamento».

Sara Quelhas Organização acredita que a população vai «responder em força»

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