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A25 sem portagens até região se desenvolver

José Sócrates admite que, no futuro, circulação na auto-estrada entre Aveiro e Vilar Formoso poderá ser paga

O primeiro-ministro garantiu que a auto-estrada A25, que desde sábado liga Aveiro a Vilar Formoso, não terá portagens pagas pelos utilizadores até a região que atravessa atingir os indicadores sócio-económicos do resto do país. Durante a inauguração do lanço Boaldeia (Viseu)-Mangualde, com o qual o grupo AENOR encerra a sua concessão Beiras Litoral e Alta, José Sócrates frisou que esta é uma forma de solidariedade nacional para com o desenvolvimento do interior.

A A25, que substitui o Itinerário Principal 5, tem uma extensão total d e 172,4 quilómetros, atravessando os distritos de Aveiro, Viseu e Guarda, no regime de portagem virtual SCUT (sem custos para o utilizador). O não pagamento de portagens é «um contributo para o desenvolvimento», mas o primeiro-ministro admite que, de futuro, estas possam vir a ser uma realidade. «Se esta região tivesse indicadores de desenvolvimento iguais à média nacional, não havia motivos para não ter portagens pagas», afirmou aos jornalistas no final da cerimónia, lembrando que «todos os portugueses estão a contribuir para esta região». José Sócrates frisou que quando a região «tiver indicadores semelhantes à média nacional, a tarefa estará cumprida». Antes da cerimónia, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25 colocou tarjas em várias pontes e junto à tenda onde se realizou a sessão de inauguração a reafirmar a necessidade da circulação naquela auto-estrada não ser taxada. A conclusão da A25, auto-estrada das Beiras Litoral e Alta, vai permitir reduzir os tempos de percurso (menos 50 minutos na totalidade do percurso), mas sobretudo os acidentes numa via (IP5) que sempre foi considerada um dos pontos negros da sinistralidade rodoviária.

De acordo com a concessionária, é esperada para toda a A25 uma redução, em média, «de 40 por cento na taxa de acidentes com vítimas, com uma diminuição significativa da gravidade dos mesmos». Com a entrada em serviço deste lanço, a concessão das Beiras Litoral e Alta fica completa, sendo agora possível circular em auto-estrada entre Aveiro e Vilar Formoso, uma das principais ligações de Portugal à Europa no que diz respeito ao tráfego de pesados. Anualmente circulam nesta fronteira 33 por cento dos veículos pesados que entram e saem de Portugal. Este é o quarto e último troço da A25 a entrar ao serviço, tendo os restantes sido abertos em 2003 (Guarda/Vilar Formoso), Outubro de 2005 (IC2/Boa Aldeia) e Julho de 2006 (Mangualde/Guarda). A obra custou no total 895 milhões de euros.

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