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A23 perdeu 36 por cento do tráfego desde o fim das SCUT

A autoestrada da Beira Interior (A23) perdeu em média 36 por cento do tráfego desde a introdução de portagens em dezembro de 2011.

O número foi avançado por Pinho Martins, diretor geral da Scutvias, que tem a concessão da via que liga Torres Novas à Guarda. «É muito preocupante, porque esta infraestrutura não foi feita para ficar vazia, porque assim não serve para nada», afirmou, em conferência de imprensa, no Centro de Assistência e Manutenção da Lardosa. O diretor geral da empresa diz que o tráfego na A23 continua a cair e não acredita na resolução do problema. «A retoma não vai acontecer nem ao mesmo ritmo, nem ao mesmo nível» considerou disse Pinho Martins. A empresa está em conversações com o Governo, que deverão terminar em maio, mas ainda não recebeu propostas de medidas de discriminação positiva. Em oposição, o responsável adianta que o Governo «está a pensar em reordenar os pórticos através do desvio da localização ou introdução de novos pórticos», o que poderá significar o fim de troços ainda gratuitos, como o que permite o acesso ao túnel da Gardunha, no Fundão. Para o diretor geral da Scutvias, a existência da A23 sem portagens é «uma questão de princípio», mas reconhece que pouco pode fazer para inverter a posição do Governo, «porque é um facto consumado».

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