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«A votação que o PS teve nunca mais a terá»

Cara a Cara – Entrevista: João Mourato

P – O que é que falhou para ter perdido as eleições autárquicas no domingo?

R – Falharam duas ou três freguesias onde o PSD normalmente ganha por larga vantagem e desta vez houve um grande equilíbrio. Na cidade aumentou o número de votantes, pessoas que eram encaminhadas pela Santa Casa da Misericórdia, que vinham de Lisboa e nós nem conhecíamos e deu-se o resultado final, que foi a vitória do PS.

P – Sente-se traído por parte da população?

R – Quem passa por estas coisas sente-se sempre constrangido com um resultado que considero injusto. Mas quem anda na política tem que saber que a ingratidão existe e nós temos que estar preparados para tudo. Se foi uma traição ou não, o eleitorado quis assim, não sei. Talvez houvesse algumas traições num ou noutro ponto, mas temos que respeitar a vontade do eleitorado.

P – Vai assumir o cargo de vereador na oposição?

R – Sim. Eu penso que se os medenses quisessem que eu ficasse, eu ficava. Não quiseram que mantivesse o lugar de presidente, mas disseram que eu teria de ocupar um lugar de vereador. Portanto, eu vou fazer a vontade aos medenses e àqueles que votaram em mim.

P – Apesar da derrota nas eleições autárquicas, pensa manter-se à frente da concelhia do PSD na Mêda?

R – Sim. É a primeira derrota que tenho em 24 anos aqui no concelho. Portanto, penso que tenho que ser útil ao partido para o preparar para os grandes embates que vêm aí. Não é altura de andarmos com grandes mudanças, temos de enfrentar as situações. Até porque a votação que o PS teve nunca mais a terá.

P – Depois de 20 anos à frente da autarquia da Mêda, o que vai fazer agora a nível profissional?

R – Sou advogado e vou continuar a ser advogado.

João Mourato

«A votação que o PS teve nunca mais a terá»

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