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A união fez a força

A jogar com nove, Sabugal venceu a Mêda e continua a sonhar com o título distrital

O Sporting da Mêda desperdiçou, no domingo, uma excelente ocasião para se isolar na frente do Distrital da Guarda a quatro jornadas do fim da competição. A jogar em vantagem numérica no Sabugal durante muito tempo, a equipa treinada por Filipe Martins foi incapaz de chegar à vantagem e viu os locais marcarem o único golo da partida já em tempo de descontos.

Privado de quatro titulares habituais, três por castigo e um por lesão, o Sabugal recebeu a Mêda no campo pelado contíguo ao Municipal, talvez para tirar partido das reduzidas dimensões do mesmo. A formação raiana entrou mais dominadora no encontro, que registou uma boa assistência, mas foi preciso esperar pelos 25’ para se assistir a um remate digno desse nome e para os visitantes. João Abel, de fora da área, fez a bola passar ao lado do poste esquerdo. No minuto seguinte, Roberto teve uma perdida incrível ao cabecear ao lado. A resposta da equipa da casa aconteceu aos 29’. Após cruzamento da esquerda, Navarro permitiu a defesa a Carlitos e, na recarga, Janela viu Soares afastar a bola em cima da linha. Volvidos quatro minutos, o brasileiro Navarro ganhou a Roberto e rematou cruzado para nova defesa do guardião medense. Aos 37’, Silvério Sousa entendeu que Tó Zé teve uma entrada violenta sobre Rogério e expulsou o capitão sabugalense.

Na segunda metade, a Mêda entrou mais atacante e, aos 48’, poderia ter ficado reduzida a 10 unidades por mão na bola de Rogério, mas o árbitro não mostrou o segundo amarelo. Com menos um homem, os locais criaram perigo especialmente em lançamentos para a área e foi assim que Rato acertou na trave aos 56’. Passado um minuto, Gato pareceu ter sido carregado em falta dentro da área mas o árbitro mandou jogar. À hora de jogo, Rato voltou a fazer uso da sua altura e obrigou Carlitos a defender no chão. Apesar de muito atacar, a Mêda não conseguia criar perigo, recorrendo ao pontapé de longe para tentar surpreender Fred, que respondeu bem aos remates de Camilo e de Guerra. Aos 82’ foi a vez de Rato receber ordem de expulsão, alegadamente por protestos.

A jogar contra nove, a Mêda intensificou a pressão e, aos 88’, teve uma perdida incrível quando a bola embateu na trave. Até que aos 94’, quando já toda a gente esperava pelo apito final, Jorgito aproveitou um ressalto à entrada da área para atirar de primeira fora do alcance de Carlitos, que pareceu não ter visto a bola partir. O trio de arbitragem, chefiado por Silvério Sousa, tem nota positiva num jogo nada fácil de dirigir. No final, Manuel Barbosa não podia estar mais contente: «O Sabugal fez um grande jogo contra uma grande equipa. Fomos mais felizes, mas também procurámos a felicidade durante os 90 minutos», considerou. Já Filipe Martins reconheceu que o golo sofrido foi um «balde de água fria» numa altura em que o Sabugal «estava praticamente encostado às cordas», disse, referindo que o campo onde a partida foi disputada «em nada dignificou o espectáculo».

Ricardo Cordeiro Raianos festejaram efusivamente o golo marcado nos descontos

A união fez a força

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