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«A Tessimax não vai fechar»

Paulo de Oliveira garante a continuidade da laboração das três fábricas do grupo têxtil da Covilhã que emprega 1.150 pessoas

Paulo de Oliveira garante que a Tessimax, e, consequentemente, as outras duas empresas do grupo, vai continuar a laborar. O empresário sustenta que foi precisamente para a unidade fabril instalada no parque industrial do Canhoso não encerrar portas que decidiu avançar judicialmente contra a Câmara da Covilhã e interpor uma providência cautelar no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco.

«Ao contrário do que o presidente da Câmara da Covilhã dá a entender num artigo de jornal, a Tessimax não vai fechar. Isso não tem pés, nem cabeça. Se quiséssemos fechar não teríamos posto a Câmara em tribunal e avançado com a providência cautelar, em processos que nos custam milhares de euros», garantiu Paulo de Oliveira a O INTERIOR. O empresário aludia a uma carta publicada na edição de 16 de agosto do “Jornal do Fundão”, em que é dito que «se Paulo de Oliveira decidir encerrar a atividade industrial da Tessimax, fá-lo-á por sua única e exclusiva responsabilidade e por razões que só ele conhecerá». A missiva assinada pelo serviço de Comunicação e Relações Públicas da autarquia da Covilhã realça que «a crise a todos afeta e as vicissitudes empresariais de quem não tem encomendas ou, porventura, sofre da falta de crédito bancário, todavia, não permitem que alguém se sirva do município da Covilhã, para obter, por portas travessas, o que não terá a coragem de assumir publicamente, como sua íntima vontade de encerrar a Tessimax».

Por último, essa nota avisa Paulo de Oliveira de que «se conta que a Câmara desistirá de fazer cumprir a lei, desengane-se e, se conta que a Câmara fechará o que só ele pode e quererá fechar, desengane-se duplamente». O empresário recorda que o grupo tem três empresas na zona da Covilhã: a Tessimax, a Penteadora (Unhais da Serra) e a Paulo de Oliveira (Boidobra), constituindo um dos «maiores grupos têxteis da Europa e até do mundo», empregando cerca de 1.150 pessoas, pelo que considera que «fechar isto teria um eco internacional». O empresário reitera que a Tessimax «não pode fechar», até porque sustenta que «fazemos parte de um grupo de três fábricas que estão interligadas entre si. Trabalham umas com as outras, cada uma com a sua especialidade». Do mesmo modo, sublinha que «vendemos para todo o mundo e 90 por cento dos nossos tecidos são para exportação», o que tem permitido fazer face à crise. Paulo de Oliveira disse desconhecer se a providência cautelar já foi aceite pelo tribunal e escusou-se a adiantar se vai ou não apresentar os documentos solicitados pela Câmara.

Recorde-se que em causa está o licenciamento do complexo industrial da Tessimax com a Câmara da Covilhã a exigir que a fábrica efetue as diligências necessárias para corrigir algumas ilegalidades detetadas.

Ricardo Cordeiro Paulo de Oliveira, à direita, realça que eventual fecho do grupo teria «eco internacional»

«A Tessimax não vai fechar»

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