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A tarde dos Zés

Figueirense muito perdulário não sentiu grandes dificuldades para derrotar Gonçalense

A jogar perante o seu público e frente ao Gonçalense, que ainda não tinha pontuado nem marcado qualquer golo nos dois jogos anteriores, o candidato Ginásio Figueirense não facilitou e somou mais três pontos. De resto, o resultado de três a zero até peca por escasso, já que se assistiu a um verdadeiro festival de golos falhados por parte dos locais, principalmente na segunda parte.

Nos primeiros cinco minutos de jogo, os visitantes ainda conseguiram equilibrar os acontecimentos, fazendo com que o Figueirense não conseguisse sair a jogar para o ataque. Contudo, com o passar do tempo, os comandados de Manuel Barbosa assumiram o natural domínio da partida e criaram a sua primeira jogada de perigo aos 6 . Manuel Rodrigues cruzou da esquerda para Bruno Coutinho cabecear para defesa de Daniel. Com o Gonçalense a procurar jogar em contra-ataque, a formação de Figueira inaugurou o marcador aos 19’. Bruno Coutinho entrou bem pela direita e fez um cruzamento atrasado para o centro da área, onde Zé Santos, de primeira, rematou certeiro. Pensava-se que o mais fácil estava feito, mas foram os visitantes quem poderia ter empatado aos 34’, na sua melhor ocasião em todo o jogo. Na sequência de um livre na esquerda, Piquito cabeceou rente ao poste esquerdo. Seis minutos depois, Paulo Jacinto rematou ao lado e desperdiçou o segundo para o Figueirense. Mas o golo chegou no minuto seguinte, através de Zé Santos, que bisou. Boa jogada individual do médio, que driblou dois adversários antes de rematar à entrada da área perante a saída do guardião contrário. Logo depois, Daniel fez a defesa da tarde a um violento remate de David.

Se na primeira metade a equipa de Gonçalo ainda ofereceu alguma réplica, na segunda tudo mudou e a partida foi praticamente de sentido único em direcção à baliza dos visitantes. No espaço de três minutos, o Figueirense criou outras tantas oportunidades. Aos 62’, Faneca e Paulo Jacinto atrapalharam-se perante tanta facilidade e o avançado acabou por permitir a defesa de Daniel. Dois minutos depois, Manuel Rodrigues marcou um livre com Zé Pedro, em frente à baliza, a cabecear muito torto. A formação da casa continuava à procura do terceiro e, aos 72’, Bruno Coutinho voltou a ter o golo nos pés, mas, mais uma vez, Daniel não o permitiu. A 10 minutos do fim, Beto realizou um corte defeituoso e obrigou Boneco a fazer a sua primeira e única defesa do encontro. Nos últimos minutos, os atletas do Figueirense trocaram a bola quase em ritmo de treino e quando toda a gente esperava pelo apito final, Zé Tó marcou o terceiro, ao cabecear para a baliza após livre de Manuel Rodrigues. Fernando Nevado não teve interferência no resultado, tendo, no entanto, poupado alguns cartões amarelos. No final, Manuel Barbosa mostrou-se satisfeito com mais uma vitória: «Marcar muitos ou poucos golos não está em causa. O que interessa é que ganhámos mais três pontos», salientou o técnico do Figueirense. Do outro lado, Terras reconheceu que o resultado «é mais do que justo», relembrando que a maioria dos seus jogadores «nunca jogou em relva, nem na Iª Distrital».

Ricardo Cordeiro

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