O Natal é um motivo forte para que durante, aproximadamente, um mês se mudem os rostos das ruas das cidades (…) e os comportamentos poupados das pessoas. A circunstância altera tudo, mas o que deveria ser um período mágico e tranquilo tem-se tornado num pesadelo. Na verdade, o Natal tem sido subvertido e as pessoas associam ao dia 25 de Dezembro um sem número de extravagâncias, infelizmente todas elas muito distanciadas da verdade do Natal.
Este dia celebra e comemora o nascimento de Jesus num contexto bíblico, rodeado de profundas verdades de fé e o encanto de um menino nascido. Suscita alegria, paz interior, oferendas e festa, tal como quando nos nasce em casa um frágil bebé. Nesta medida, não faz sentido o Natal ser festejado por quem se diz não praticante, como também não faz sentido o seu espírito ser vivido pelos ateus, por todos os que acham ridículo ser católico praticante. Na verdade, o homem vertical só deve ter uma face, ser ou não ser.
A subversão do Natal fez desaparecer do centro das atenções o Deus Menino, e esse lugar foi ofertado à mitologia pagã por uma sociedade de consumo e pelos interesses económicos.
Lembro-me bem, tão bem, que ainda vejo o carro de “fórmula 1” que o Menino Jesus me colocou pela primeira sobre as botas gastas que deixei junto da lareira. Não sei descrever a alegria que senti nessa manhã e como me sabia bem o dia de Natal por ter a possibilidade de agradecer ao Menino Jesus com um beijo durante a missa da manhã.
Deixemo-nos de compras exacerbadas e concentremo-nos na verdadeira mensagem do Natal. Que seja celebrado o verdadeiro nascimento de Jesus ao invés de celebrarmos uma festa onde Ele quase não tem lugar.
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Fernando Birra, Quintas de São Bartolomeu (Sabugal)