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A Subir

Menos que Zero

A electricidade vai aumentar 15,7 por cento. Parece mentira, mas é verdade: quando se negoceiam aumentos salariais de apenas 2,1 por cento e se adivinham novos aumentos da carga fiscal, eis que o regulador do sector energético (ERSE) anuncia aumentos desta grandeza num serviço básico utilizado pela totalidade dos portugueses. E as más notícias não acabam aqui: o aumento do preço da electricidade, que no sector industrial é de 7,8 por cento, vai repercutir-se nos preços de outros bens e serviços, pelo que o contribuinte vai pagar duplamente esta factura.

De acordo com a ERSE, este aumento destina-se a equilibrar o défice de exploração resultante do agravamento do preço do petróleo e, sobretudo, para compensar a imposição governamental de limitar o aumento das tarifas de energia eléctrica à taxa de inflação. Ora, se bem me lembro, foi justamente o anúncio desta indexação do preço da electricidade à inflação que provocou a queda da cotação das acções da EDP após uma das fases de privatização em que os pequenos investidores foram aliciados para o mercado bolsista. Quem aplicou as suas poupanças nesta fase de privatização viu como o seu dinheiro desaparecia devido a uma mudança não anunciada antes da compra.

Perderam os que nesta fase investiram na EDP e perdemos agora todos por causa da irresponsabilidade política que foi indexar os preços da electricidade à inflação durante anos, tornando o sistema deficitário e acumulando prejuízos de milhões de euros. Infelizmente, erram os governantes, pagam os governados.

Ensino Superior

Terminou a segunda fase de colocações no Ensino Superior e com ela chegaram mais umas centenas de estudantes à região. Olhando para o mapa nacional das colocações, consta-se que as escolas da Beira Interior registaram uma melhoria superior à registada nas instituições do Algarve, Alentejo e Trás-os-Montes, regiões cujo desempenho neste sector pode ser comparado ao nosso.

Para este resultado muito contribuiu a Universidade da Beira Interior, ao consolidar o crescimento registado nos últimos cinco anos, mas não só. O destaque deste ano são os excelentes resultados obtidos pelo Politécnico da Guarda, que inverteu a tendência negativa dos últimos anos. O mais interessante deste desempenho é que foi conseguido sem as estratégias seguidas pelas escolas que todos os anos inventam novos cursos com nomes apelativos, mas cujas saídas profissionais são uma incógnita. Sem truques, a UBI e o IPG vão trilhando o seu caminho.

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