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A saída do “tecno man”

Bilhete Postal

Quando saí do aeroporto havia duas notícias impressionantes: a morte de portugueses no Afeganistão – pela primeira vez vítimas de violência premeditada e intimidatória – e a queda do presidente do grupo que construía o plano tecnológico. São dois temas do passado. Faz vários anos que se previa a morte de portugueses em missões além-mar. Faz vários anos que era inevitável que a sorte acabasse, e a exposição persistente tivesse custos. Agora é previsível o “slogan” martirizado das mães para os trazerem de volta, os gritos de Louçã e sua tendencial demagogia para as causas deste tipo. No Afeganistão estão profissionais de guerra portugueses, e só tem vantagem exporem-se ao conflito e o que lhes pode correr mal são frutos da demagogia esquerdista que os coloca em maior risco: os equipamentos obsoletos, as compras que nunca mais se fizeram e a falta de uma definição futura para as forças armadas portuguesas. Que não tenham morrido pela ineficácia das chaimites é o meu desejo. O plano tecnológico em liquefação é outro caso de negligência grave. Um jovem muito talentoso, ou não, produz, sem ouvir os ministros do sector, um trabalho que os últimos teriam de assegurar. É o síndrome da luz onde reinava a escuridão? É a vaidade desmedida e a falta de negociações que caracteriza o actual Governo? Espero que não estejamos a pagar mais um “flop” estratégico para o país.

Por: Diogo Cabrita

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