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A propósito do editorial de O INTERIOR de 2 de julho*

Tem toda a razão o editorial de O INTERIOR da semana passada. A instalação deste novo serviço público de dimensão nacional na Guarda só pode ser por investimento público/privado ou administrativamente.

É justíssimo que [o diretor de O INTERIOR] relembre algumas decisões de descentralização administrativa, tomadas vai para 11 anos pelo então Primeiro-Ministro Pedro Santana Lopes. Permita-me que acrescente à referida secretaria de Estado da Agricultura, mais cinco: Turismo (Faro), Cultura (Évora), Educação (Aveiro), Juventude (Braga) e Administração Local (Coimbra). Infelizmente, Pedro Santana Lopes não teve tempo para consolidar esta verdadeira revolução. Era sua intenção na altura deslocar também a sede do Ministério da Economia para o Porto.

Pelos vistos, na sua opinião, um Governo que infelizmente durou pouco mais de quatro meses em efetividade de funções, devia, ter começado «pelo processo do ordenamento, pela organização de base, antes da superestrutura». Com a Administração Pública que temos devia ter sido lindo… Ainda agora estaríamos a recordar os diversos edifícios que teriam estado em cima da mesa para instalar a Secretaria de Estado. Repito, a decisão de PSL foi uma verdadeira pedrada no charco. Assim tivesse tido tempo para pôr em prática todas as suas ideias. Em breve, tenho a certeza de que ele irá ter oportunidade de chocar, mais uma vez, o país político, cultural e jornalístico (de que sempre farei parte) com mais ideias inovadoras, também em matéria de descentralização. Desta vez não o vão apanhar desprevenido e ele vai mesmo ter tempo de pôr em práticas todas as suas (muitas) ideias. Não esperem pela demora.

* Título da responsabilidade da redação

António Carneiro Jacinto, carta recebida por email

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