Relativamente à notícia da vossa edição de 16/12/2010, que se refere à compra por parte do município das instalações da Rohde, cumpre-nos informar o seguinte.
O PS de Pinhel utilizou todos os meios ao seu alcance (SMS, página de Internet e Facebook) para divulgar a possibilidade da autarquia poder vir adquirir as referidas instalações, tal e qual a vossa notícia apresenta. No entanto, nunca referimos que o negócio já se encontrava fechado e nunca nos dirigimos ao presidente da autarquia com a intenção de denegrir a sua imagem.
É verdade que se discutiram as propostas apresentadas pelo actual proprietário, mas também é verdade que na referida reunião se equacionou a possibilidade de votar imediatamente a proposta apresentada pelo proprietário, e como juridicamente não era possível, marcou-se uma reunião para outro dia com o objectivo de realizar a referida votação, reunião essa cancelada e não está, até ao momento, marcada. Em 2006 a autarquia criou uma comissão que avaliou o imóvel em 1,6 milhões de euros, seria correcto criar outra para o mesmo efeito.
(…) Adquirir um imóvel por nove milhões de euros para realizar uma feira anual, um encontro de tractoristas igualmente anual e acolher o armazém municipal parece-nos uma total falta de sentido de gestão dos dinheiros públicos. Para armazém municipal existem na cidade espaços que podem ser adquiridos por valores realistas e totalmente ao alcance das finanças da cidade. Para realizar esses eventos, a autarquia dispõe de meios técnicos e humanos para poder criar uma infraestrutura junto ao pavilhão multiusos, pensada de raiz e que, provavelmente, com dois anos de pagamentos pela compra da Rohde (600.000€) pagariam todas estas propostas que apresentamos.
Gostaríamos ainda de realçar que a firma envolvida nos merece o maior respeito, até pelo que tem demonstrado em termos de emprego no concelho, mas não vamos pactuar com situações obscuras e duvidosas e com a forma de como esta situação se desenrolou. A marcação apressada de reuniões, o cancelamento de outras via SMS, o facto de se pôr essa possibilidade e ainda não “saberem” o que se pode vir a fazer nas instalações, acrescentando o facto de que essa aquisição não vai potenciar as indústrias e o comércio de Pinhel.
(…) o sr. presidente já referiu diversas vezes que, economicamente, a autarquia está numa situação «muito complicada», acrescentando que, a continuar assim, daqui a dois anos está ingovernável, pelo que empenhar 9 milhões de euros parece-nos completamente descabido e desfasado da realidade. Com todo esse dinheiro, o PS de Pinhel investiria em piscinas municipais, num parque de campismo, numa barragem para fins lúdicos na Ribeira das Cabras e ainda sobrava dinheiro para construir um Parque de Ciência VIVA, eis apenas alguns exemplos de investimentos com retorno económico.
A Comissão Política Concelhia do PS de Pinhel, carta recebida por email
