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«A principal aposta deste grupo é a área social e agora ainda mais devido à crise»

Cara a Cara – José Quelhas

P – O Grupo Desportivo e Recreativo das Lameirinhas (GDRL) tinha como meta estar na luta pela subida à Iª Divisão de Futsal?

R – Não. A meta da direção foi não acabar com o futsal, mesmo com as dificuldades financeiras vindas da autarquia, principalmente com o corte total do orçamento de 2012 e 2013 e a falta de pagamento dos subsídios de 2010 e 2011. Depois, há também poucas empresas a dar apoio.

P – Atualmente estão em quarto lugar. A Iª Divisão de Futsal ainda está nos horizontes do GDRL?

R – Sim. Faltam quatro jornadas e, embora não dependa só de nós, todo o plantel, técnicos e diretores mantêm essa esperança. No passado sábado, no regresso à Guarda depois do jogo com o CRECOR, falámos nisso e pensamos que ainda é possível, bastando para tal ganhar os jogos que faltam.

P – O GDRL terá capacidade para suportar os custos da participação na Iª Divisão?

R – Até hoje esta Direção nunca pensou nos custos de uma primeira divisão. Se isso vier acontecer, todas as pessoas do GDRL – diretores, sócios, adeptos e simpatizantes – e os órgãos oficiais da Guarda terão uma palavra a dizer.

P – O futsal é a principal “bandeira” do GDRL. O basquetebol feminino tem espaço para crescer?

R – O futsal só é a principal aposta do GDRL na vertente desportiva, e aí o basquetebol feminino continua a ter espaço para crescer. Contudo, a principal aposta deste grupo é a área social e agora ainda mais devido à crise que a região e o país estão a atravessar.

P – Quais as principais dificuldades de um clube da dimensão do GDRL?

R – As principais dificuldades são os pagamentos aos funcionários efetivos a tempo e horas devido à sua quantidade. E também a não entrada de verbas suficientes para fazer face a esses pagamentos, pois o desemprego dos pais e a diminuição de nascimentos leva naturalmente a que tenhamos vagas em praticamente todas as salas da creche, jardim-de-infância e ATL.

P – É o sócio número um do GDRL. Como nasceu a coletividade?

R – A fundação do GRDL nasceu da amizade criada entre um grupo de pessoas que participava nos jogos tradicionais. Certa vez ganhámos um prémio de 10 mil escudos e logo nessa altura o pensamento de todos foi a criação oficial do GDRL.

P – O que o motivou a regressar ao ativo nos órgãos sociais?

R – O meu regresso aos órgãos sociais deveu-se à demissão em bloco da direção que na altura estava em funções. A 48 horas do limite da entrega de listas, o presidente da Assembleia-Geral teve uma conversa comigo e pôs-me ao corrente do que se estava a passar e, não havendo conhecimento de nenhuma lista, os dois acordamos apresentar uma lista em conjunto. Eu fiquei de arranjar os elementos para a direção e ele de ser presidente da Assembleia Geral. Mas há aqui uma ressalva a fazer, pois o nosso mandato já acabou no final de 2011, pelo que continuamos em funções por não ter aparecido nenhuma lista nas assembleias já marcadas.

P – Quais são os próximos projetos a serem desenvolvidos pelo GDRL?

R – Neste momento o nosso projeto é que apareça uma lista que possa levar a bom porto este GDRL, até porque acredito ser este o sonho de todos os sócios.

José Quelhas

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