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A mudança constrói-se com o seu contributo

Crónica Política

Sempre que há dificuldades, em última instância, os trabalhadores procuram o PCP, razão de que efetivamente o PCP sempre defende os trabalhadores. Quero, no entanto, salientar que o PCP não pode determinar uma alteração profunda no contexto atual da situação política, económica e social, mas afirma que é com a luta dos trabalhadores e com a nossa determinação, enquanto militantes comunistas, que alicerça a nossa intervenção.

O PCP tem afirmado: o desenvolvimento do distrito da Guarda, a resposta aos problemas com que se confronta, o crescimento económico, a ocupação do território e o combate aos desequilíbrios territoriais, a aposta na produção e na criação de emprego, a elevação das condições de vida dos trabalhadores e das populações, são inseparáveis de uma política patriótica e de esquerda, que rompa com os interesses do grande capital e liberte o país da submissão ao euro e à União Europeia.

Desde 1976, ano da aprovação da Constituição da República Portuguesa, que os sucessivos governos, do PS, do PS/CDS, da AD (PSD/CDS/PPM), do PS/PSD, do PSD/CDS – sem esquecer os últimos cinco anos dos efeitos da Governação PSD/CDS – contribuíram para o aprofundamento das desigualdades, o ataque aos trabalhadores, aos níveis do desemprego e emigração no distrito, e no ataque ao poder local democrático, nomeadamente pela extinção das freguesias, no encerramento de serviços como os tribunais ou perdas de valências na saúde, encerramento de pequenas empresas e a contínua desertificação, que na sequência de décadas de política de direita, continua a marcar a situação no distrito da Guarda e no país.

Perante esta dura realidade não compreendo as hesitações do PS nesta nova fase da vida política nacional, decorrente das eleições de outubro de 2015. É necessário o aprofundamento da luta dos trabalhadores e das populações e podem contar sempre com o papel decisivo do PCP, não defraudamos as expectativas dos trabalhadores, a natureza de classe é distintiva dos demais partidos.

Há duas datas históricas, o 25 de Abril e o 1º de Maio, estas devem constituir momentos de reflexão e participação dos trabalhadores para galvanizar processos reivindicativos que potenciem passos determinantes e importantes relativamente à recuperação e conquista de direitos que nos foram roubados pelo mais profundo ataque aos trabalhadores desde o 25 de Abril, ataque esse promovido pela “troika” internacional e especialmente pelo Governo PSD/CDS, mas que o PS, pela via legislativa, mantém-se amarrado ao PSD e CDS, vimos claramente na reprovação de todas as iniciativas legislativas do PCP na Assembleia da República no que concerne às leis do trabalho. Aqui é distintivo o papel do PCP, mas só com mais força ao PCP podemos e merecemos uma efetiva mudança política, esta genuinamente Patriótica e de Esquerda, para tal carece do seu contributo com uma arma, esta de Abril – o VOTO!

Por: Honorato Robalo

* Militante do PCP

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