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«A maior parte das vendas estão a ser transferidas para outros mercados como Suíça e França»

Entrevista a Hélder dos Santos, sócio-gerente da empresa Marmoraria Trancosense, Lda.

P – Como surgiu a Empresa Marmoraria Trancosense, Lda ?

R – Ainda me encontrava emigrado na Suíça e já pensava em regressar quando, ainda no estrangeiro, constituí com o meu sócio José Luis Eliseu a empresa Marmoraria Trancosense, Lda.

A Camara Municipal de Trancoso cedeu-nos os lotes, nos quais hoje ainda estamos instalados, posteriormente construímos os pavilhões e adquirimos todo o equipamento necessário para a podermos desenvolver a nossa atividade. Todo este processo durou aproximadamente dois anos, ou seja, o tempo que demorei a resolver a minha situação na Suíça para poder regressar.

Em 1998 foi o ano em que iniciámos a atividade, já com três colaboradores e, claro nós os dois sócios gerentes. Mantemos, ainda hoje, os postos de trabalho que havíamos criado.

P – Quais as atividades que desenvolve a vossa empresa?

R – A Marmoraria Trancosense, Lda., está equipada para desenvolver qualquer tipo de trabalho executado com todo o tipo de pedra, entre as quais, os granitos serrados, polidos e bujardados, salientando-se o granito macieira, cinza, figueira e o santa cruz.

Também utilizamos os mármores e calcários que, também eles, se adaptam a todo o tipo de trabalhos como: tampos de cozinha, construção civil e parte funerária.

De toda a nossa obra podemos destacar alguns exemplos: colunas torneadas, Lareiras, balaústros, fontes, alguns tipos de pavimento, mas as que mais se destacam e as que têm maior saída são de facto as Churrasqueiras, os degraus, as escadas, os tampos de cozinha e as colunas.

P – De que forma a empresa consegue ultrapassar todo este contexto de crise de que se fala, sabendo que a construção civil no nosso país já teve melhores dias?

R – A Marmoraria Trancosense relativamente a anos anteriores não tem vindo a sofrer quebras nas vendas, no entanto, é também verdade que a maior parte dessas vendas estão a ser transferidas para outros mercados, para outros países, como a Suíça e a França. Estes são os países e os mercados que nos estão a salvar e a fazer com que consigamos ultrapassar os graves problemas que, de facto, a economia do nosso país atravessa, podemos mesmo precisar que a construção no nosso país está quase parada e apenas consome 40% da nossa produção, os restantes 60% vão para os mercados dos países referidos.

P – Como conseguiram atingir e conquistar os mercados dos países da França e Suíça?

R – Estes mercados foram conseguidos graças aos conhecimentos e amizades que temos nesses países, graças aos anos que por lá vivemos e trabalhámos, por esse motivo foi mais fácil dar a conhecer os nossos produtos e conquistar os mercados em causa.

P – A Marmoraria Trancosense, Lda. participou no programa de consultoria QI PME. O que retirou dessa experiência?

R – A Marmoraria Trancosense participou no Programa QI PME e desse mesmo Programa conseguimos retirar algumas informações importantes e fundamentais, salientando também, a importância desse mesmo programa, no que diz respeito à formação obtida para todos os nossos colaboradores que hoje é de caráter obrigatório. Esta obrigatoriedade é de difícil cumprimento por parte dos empregadores e o Programa QIPME facilitou-nos a vida.

P – A Marmoraria Trancosense tem participado na Feira de São Bartolomeu, que balanço faz do evento?

R – A Feira de São Bartolomeu é o maior evento de toda a nossa região, pois, para a promoção de qualquer tipo de empresa é sem dúvida importante a participação neste tipo de iniciativas devido à atração de público conseguido.

Para a nossa empresa não tem vindo a ser indiferente a participação na Feira, pois temos sempre conseguido um grande número de contactos, o que nos permite maior sucesso nos negócios que se vão desenrolando durante os anos seguintes, quer sejam contactos nacionais, quer sejam de emigrantes dos países de França e Suíça, que sempre nos visitam neste evento.

«A maior parte das vendas estão a ser
        transferidas para outros mercados como Suíça e França»

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