Os hotéis do Natura IMB Hotels deverão ser mais procurados nos próximos meses, mas Luís Veiga, administrador executivo do grupo, não entra em euforias. «A nossa região está muito dependente do turismo interno e espanhol, que está a melhorar, o que deixa antever uma melhoria relativa», adianta o empresário, salvaguardando que esta melhoria servirá para «atenuar as perdas de anos anteriores». Apesar do otimismo a curto-médio prazo, a maior procura surge depois de «quatro anos de quebra muito significativa no turismo interno e espanhol, que se espera que recupere agora», frisa.
Os hotéis do grupo, na região da Beira Interior, já beneficiaram no primeiro trimestre da «melhoria do consumo privado», tendência que se deve manter nos próximos meses: «Há um certo otimismo perante o crescimento do mercado espanhol, já visível na FITUR (Feria Internacional de Turismo en España), com a perspetiva de crescimento do PIB», considera Luís Veiga. A Guarda também poderá vir a “colher frutos” desta melhoria, desde logo com a primeira Feira Ibérica de Turismo (FIT) que «vem, de alguma forma, consolidar o que o concelho deveria ter sido há uns anos atrás», reitera o administrador do Natura IMB Hotels. E há dois fatores a ter em conta: a proximidade ao mercado espanhol e a posição privilegiada da Guarda. «Esta é uma boa iniciativa, como outras que a nova autarquia tem levado a cabo, que têm em conta a proximidade ao mercado espanhol», sublinha o responsável, salientando a importância de projetos em conjunto com o país vizinho em vários domínios.
No entanto, ainda há muito a fazer para facilitar esta relação, nomeadamente a nível de transportes, pois «não há uma rede fácil ou “friendly” da Guarda a Salamanca, por exemplo», assinala. Por outro lado, o concelho «tem uma posição chaveira e, dando o exemplo, vai posicionar-se como a primeira cidade» a fazer uma feira em linha com a proximidade ao mercado do outro lado da fronteira. Não obstante, os hotéis do grupo poderão vir a beneficiar ainda mais nos próximos anos, numa altura em que a feira seja capaz de chamar mais expositores de fora da região e a nível institucional com presença reconhecida: «Já há algumas reservas mas penso que o sucesso desta iniciativa será visível nos próximos anos», antecipa Luís Veiga, que deixa um desejo: «Espero que o pavilhão desta edição não seja suficiente em 2015, pois seria sinal da consolidação desta feira ibérica», remata o administrador.
