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A Guarda para 2014, sr. presidente da Câmara Municipal:

O ano de 2013 ficará marcado para a cidade e todo o concelho como o ano de transição. A derrota histórica do PS marca um cenário de viragem para todos os guardenses, as mudanças já se veem, já se sentem e são positivas, não podemos é esquecer que esta histórica vitória é e foi bastante expressiva, o que obriga a grande empenho no trabalho, a Guarda precisa.

Em janeiro de 2012, numa das minhas crónicas que aqui escrevi, sob o titulo “Contas mal feitas!” questionei, na altura o Presidente da CMG Joaquim Valente, “….porque paga a CMG a renda do “bacalhau” ocupada pela Ensiguarda, que é de 25. 000 euros mês (12. 500 por piso ocupado)? Sim, é isto que está contratualizado com a empresa proprietária do edifício que recentemente processou a Autarquia pelas rendas em atraso” indiquei ainda que “esta atitude SOLIDÁRIA é ilegal já que deixa de fora todas as outras Instituições Privadas que pagam renda pelo espaço que ocupam”, nesta mesma crónica frisei ainda, questionando “porque fez a CMG obra em propriedade privada no edifício do “Bacalhau” a favor da Ensiguarda? Instituição Privada, porquê esta preferência?”. Bastou a rápida leitura de outros olhos, do que nunca, como Deputada Municipal me foi dado a conhecer, para que o tema viesse de novo à Assembleia Municipal, agora na agenda proposta e não na agenda da oposição. Os cenários mudam e o que questionei, em janeiro de 2012, volta agora, apenas para resolução em 2014, deste contrato, já na altura, por mim entendido como ruinoso, tendo feito mesmo uma relação entre “A CMG vende barato (referia-me ao Hotel de Turismo na venda ao Turismo de Portugal, IP) e compra caro”, neste sentido as instâncias que se devem seguir são os tribunais.

Neste assunto, jamais esteve em causa a ENSIGUARDA e a sua importância na salvaguarda do interesse económico e social para a região, mas a verdade é que “as obras foram feitas à medida das necessidades da Escola privada” e propus que “…. Nesta salvaguarda fossem ainda inseridos todos os Centros de Formação, Centros de apoio pedagógico e outras Instituições privadas, com sede no Concelho, com o mesmo interesse económico-social para a região. Então porque não ficam todos juntos no mesmo edifício???”. Isto foi em 2012, continua atual, porém Sr. Presidente não pode esquecer que a CMG é um dos promotores da ENSIGUARDA, deve tratar este assunto com solução para todos os alunos desta Escola Profissional que se têm pautado com um equipamento, de Educação e Formação, importante para o desenvolvimento do Concelho.

Igualmente não atual, é o Hospital, ex-Sanatório Sousa Martins, este é um equipamento de orgulho para a cidade, para a região e para a própria História da Saúde em Portugal, porém pergunto, quem é o dono da obra? Somos Nós certo?, claro que através da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, EPE. Recorde-se que esta obra teve Início em junho 2009 e ainda se encontra em fase de execução???? Não, então deve antes encontrar-se em fase de “trambolhão”, o mesmo dizer, ora para a frente ora para trás. Recordo, Sr. Presidente que este foi mais um projeto que beneficiou dos fundos comunitários e que pretende reforçar as redes, infraestruturas e os equipamentos para a coesão territorial e social; então é URGENTE e imperativa a sua abertura, exija saber porque não se cumpriram ainda as datas alvitradas para a sua abertura, é que todas elas já passaram, queremos saber o porquê? Vamos a isto, coragem e determinação, não podemos ficar apenas com o serviço de farmácia a funcionar no novo equimamento, já imaginou quanto custa, em tempo e dinheiro (sim porque numa empresa “time is Money”), ao utilizador, é que se demora muito será melhor voltar a reenquadrar a farmácia nas antigas instalações, o que seria de todo muito caricato.

Já no início deste ano, a 11 de fevereiro de 2013, Vasco Lino disse à agência Lusa esperar que o novo edifício “ajude” a captar e a fixar novos médicos na cidade da Guarda, no interior do país – ficámos apenas pelas palavras. Queixaram-se os políticos locais, na altura desta nomeação por parte do Sr. Ministro da Saúde, que não era congruente, para a Guarda, vir alguém de fora, pior era mesmo vir alguém de fora e da Covilhã. Na altura entendi que seriam apenas réstias de uma “guerra” com história, apenas das rivalidades latentes destas duas cidades, na verdade não nos podemos esquecer: uma é Capital de Distrito e a outra é apenas mais uma cidade do interior, claro a Capital de Distrito é … a Guarda! E é sobre estes aspetos de distribuição administrativa que deve contar, ora se é Capital de Distrito é porque é mais importante, é porque é MAIS!!!??? Certo, mas só entramos em rivalidades porque a pouco e pouco vamos tendo a necessidade de sempre ter que reafirmar….Somos, Nós os da Guarda, os habitantes da Capital de Distrito; porém os fatos parecem contrariar-nos. Sr. Presidente da CMG cuidado nada de desleixos, tome conta deste assunto, mostre que afinal tem um projeto para o HSM, não deixe passar mais tempo, 2014 deve ser o Ano da consumação

Nesta dicotomia parece que a Covilhã avisa já a Guarda que afinal a delegação de Turismo da Serra da Estrela vai ficar na Covilhã e não na Guarda, pois o Edil da Covilhã terá redigido uma “carta protesto” na qual exige o protagonismo da Covilhã em relação à Guarda; Pior, o presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro, Pedro Machado, já veio afirmar que “na Guarda não há nenhuma delegação mas sim um Welcome Center”. Sr. Presidente da CMG, em que ficamos? Calados???? Vamos lá fazer exigências… o que é isto de “Welcome Center” é mais uma migalha dos amigos do governo? Não é isto que queremos, a Guarda exige mais de Si.

Sr. Presidente da CMG nada de meiguices não podemos apenas ficar com a localização na Guarda de uma minúscula sede da Comunidade Intermunicipal sabe-se lá até quando!!! merecemos mais em 2014. Votos de um excelente 2014 para todos.

Por: Cláudia Teixeira

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