Arquivo

A Guarda merece

Crónica Política

A cultura também deveria ser um dos pilares de desenvolvimento do concelho, apostando na capacidade criativa da sociedade civil, na rentabilização da rede de equipamentos culturais e na implementação de propostas inovadoras que contribuíram para o crescimento e qualidade da oferta cultural.

Será fundamental o estabelecimento de uma relação intensa com o movimento associativo, com a comunidade educativa e com grupos informais de indivíduos que se interessam efetivamente na dimensão socioeconómico e cultural.

Já que a maioria dos eleitos municipais, sejam eles ao nível da Câmara ou Assembleia Municipal, aprovou a constituição da Culturguarda – EM devem implementar genuinamente o plasmado para que foi constituída, nomeadamente a gestão de todos os equipamentos culturais, sejam os sediados na cidade ou mesmo nas freguesias rurais, nomeadamente em Famalicão e Gonçalo, e não vejam apenas a empresa municipal na pura “engenharia financeira” face ao malfadado PEC.

Deverá ser pensado urgentemente um plano estruturado em termos de candidatura aos apoios estatais, promessa vinda do Ministério da Cultura. Esse plano tem que ser agilizado com o suporte político do município, mas assente numa perspetiva profissional, rentabilizar os trabalhadores desta área sob a direção técnica de Américo Rodrigues. Se a Câmara da Guarda tem sido o maior financiador das atividades culturais, nomeadamente ao nível do TMG, sala de espetáculos do Edifício Cultural de Gonçalo e de Famalicão qual é o motivo de descoordenação técnica dos espaços?

O anúncio político da atual ministra da Cultura não pode e não deve alhear ninguém, independentemente da matriz política e ideológica. Os espaços culturais são nossos e merecem que todos devam participar na discussão do projeto de candidatura, conforme foi o anúncio na Guarda. Era de bom tom que o presidente da Assembleia Municipal agendasse na próxima sessão, na ordem do dia, um ponto sobre as capacidades criativas existentes ao nível concelhio com vista ao estímulo proactivo de novos projetos culturais, sejam eles de matriz profissional e/ou amadora. A Guarda merece ser um eixo de criação contínua e palco de uma intensa vida cultural, com projeção regional, nacional e internacional.

Por: Honorato Robalo

* Dirigente da Direção da Organização Regional da Guarda do PCP

Sobre o autor

Leave a Reply