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«A gestão de Álvaro Amaro foi populista e não melhorou a qualidade de vida dos guardenses»

Entrevista a Carlos Canhoto, candidato da CDU à câmara da Guarda

P- Como avalia a gestão de Álvaro Amaro?

R – A gestão do PSD/CDS caracterizou-se pelo populismo e por, no essencial, nada ter feito para melhorar a qualidade de vida dos guardenses.

P – Vê aspetos positivos neste mandato? Quais?

R – Nada que mereça um especial relevo.

P – Qual é, neste momento, a principal carência da Guarda?

R – O concelho da Guarda tem carências que derivam, antes de mais, de décadas de políticas de direita levadas a cabo por sucessivos governos, e que levaram à degradação do aparelho produtivo, ao encerramento de serviços e à desertificação do interior, à qual a Guarda não escapou. Mas a Guarda tem também uma outra carência fundamental: a de uma política autárquica que se coloque exclusivamente ao serviço das populações e que vise uma maior qualidade de vida no concelho. É por isso que a CDU faz falta ao concelho da Guarda.

P – E o que pretende fazer para a resolver?

R – A CDU apresenta aos eleitores do concelho da Guarda uma política que visa o desenvolvimento de todo o concelho (e não só da cidade). Propomos, entre outras medidas: uma melhoria da rede de transportes públicos rodoviários, com especial preocupação com as freguesias rurais; a dinamização do centro histórico da cidade e das aldeias, através de reduções e isenções de IMI, da disponibilização pela Câmara de projetos de reabilitação a baixo custo, de apoios diversificados ao pequeno comércio e incentivos à instalação de estudantes do IPG no centro histórico. Propomos a despoluição do Rio Noéme e de outras linhas de água e a valorização das suas margens, a criação de novos espaços verdes arborizados e a reabilitação dos existentes, a reabilitação do canil municipal, a promoção dos transportes públicos e a criação de corredores para a circulação pedestre. Defendemos a extensão da programação cultural a todo o concelho, a reabilitação dos auditórios de Famalicão e Gonçalo, a criação de uma escola pública de artes no antigo Hotel Turismo, incentivos à criação artística, a criação de um Centro de Arte Contemporânea, o reforço do orçamento municipal para a cultura e da programação do TMG, a reabilitação e promoção do património histórico e cultural e a criação de um Bilhete Único de Turista. Propomos a elaboração e concretização de uma rede de creches e de ATL públicos, a construção de novos parques infantis e reabilitação dos existentes e a melhoria de espaços educativos sob a responsabilidade do município. Propomos a promoção e valorização do mercado municipal e dos produtores locais, o apoio ao pequeno comércio e às micro, pequenas e médias empresas e a valorização turística sustentada do património natural, histórico e cultural do concelho. Mas a CDU bater-se-á intransigentemente também por medidas que são responsabilidade do poder central: fim das portagens na A23 e A25, reabertura da Linha da Beira Baixa e melhores serviços na da Beira Alta, luta por mais recursos na ULS da Guarda e por serviços de saúde de proximidade nas freguesias, luta pelas escolas de proximidade e contra a lógica dos mega agrupamentos, luta pela reposição de freguesias.

P – Qual é o seu principal projeto?

R – O principal projeto da CDU é servir e defender as populações do concelho da Guarda e promover a sua qualidade de vida.

P – Atualmente acha que há medo e conformismo na sociedade guardense? Já sentiu isso?

R – Não me parece que haja medo e conformismo na sociedade. Pelo contrário. Acho que há uma certa esperança e vontade de mudar. Mas só há verdadeira mudança com o reforço da CDU.

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