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A ETAR de S. Miguel

A ETAR de S. Miguel encontra-se em funcionamento há alguns anos e desde aí decresceu a qualidade de vida dos moradores da Rua da Veiga, nos quais me incluo, e também dos moradores dos bairros adjacentes, nomeadamente os bairros Nossa Senhora de Fátima, da Sequeira, do Pinheiro e a denominada zona da “Estação”. O problema dos maus cheiros emanados da referida ETAR persiste entre reuniões, abaixo-assinados e notícias em jornais e rádios locais. Interrogo-me muitas vezes sobre como foi possível realizar uma obra deste calibre sem sondar as populações, colada a zonas habitacionais e sem assegurar qualidade ambiental. A minha cólera aumentou quando há meses vi num jornal o anúncio, com pompa e circunstância, da inauguração da ETAR de Vila Nova de Gaia – “das melhores da Europa”… E logo me vem à ideia outra interrogação: Será que “somos todos Portugal”? Poucos habitantes da cidade conhecem esta realidade (…). Mas desde a abertura de um restaurante em Dezembro último, junto à VICEG, mais habitantes da Guarda e outros puderam constatar a problemática dos maus cheiros provenientes da ETAR de S. Miguel. Trabalhadores desse restaurante confessaram-me que, por vezes, o “aroma” chega à cozinha… Ainda mais gente averiguará esta calamidade de falta de higiene pública quando passearam pelo Parque Urbano do Rio Diz, colado à ETAR de S. Miguel, a partir do dia 30 de Junho de 2004 (!?!?). Em nome dos residentes da Rua da Veiga, digo que exigimos respostas ao problema por parte das Águas do Zêzere e Côa e do Governo. A luta não só continuará, como se irá tornar cada vez mais intensa.

Júlio Seabra, Guarda

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