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«A dívida da Câmara é mais elevada do que apregoa o executivo»

Joaquim Carreira desconfia que a dívida da Câmara da Guarda é «mais elevada do que apregoa» o atual executivo.

A afirmação do vereador socialista foi feita na segunda-feira, após a aprovação por maioria, com a abstenção dos dois eleitos do PS, da prestação de contas consolidadas de 2015 do município. «O passivo da autarquia aumentou cerca de 5 milhões de euros relativamente ao ano anterior, quando era de 9 milhões», disse Joaquim Carreira, acrescentando que também a dívida de médio e longo prazo junto da banca cresceu um milhão de euros comparativamente a 2014, passando de 22,9 milhões de euros para 23,9 milhões. Segundo o vereador do PS, o mesmo aconteceu com a dívida a terceiros a curto prazo, «que subiu de 3,7 milhões de euros em 2014 para 4,3 milhões no ano transato». Na sua opinião, «há claramente uma tendência para o aumento da dívida e do passivo da Câmara da Guarda cujo impacto está a ser escondido com a ginástica de atirar a dívida para as provisões», considerou o eleito da oposição.

Por este andar, avisa Joaquim Carreira, «haverá um dia em que teremos que dizer que o “rei vai nu”». Na resposta, o presidente Álvaro Amaro classificou de «desonestidade intelectual» a leitura do PS e justificou os valores com a dívida dos SMAS ao sistema multimunicipal de abastecimento. «Temos aprovisionados mais de 3 milhões de euros para pagar essa dívida, isso foi explicado aos vereadores do PS, que, pelos vistos, não quiseram compreender», disse o autarca. Nesta sessão, Joaquim Carreira pediu medidas para resolver a «situação chocante» do Bairro da Fraternidade. Álvaro Amaro concordou, mas lembrou que o problema da falta de salubridade das casas é «um escândalo há décadas». O presidente anunciou que a autarquia está em negociações com o IRHU (Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana) para fazer «as obras necessárias e até construir novas habitações, possivelmente até ao final do mandato».

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