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A dança de Letícia Santos

A guardense “descobriu” a dança em Lisboa, onde ainda reside e trabalha

Nunca é tarde demais. Letícia Santos, de 27 anos, viu o sonho de uma vida nascer quase por acaso em 2010. O “bichinho” da dança ganhou corpo quando se inscreveu num curso de primavera da Escola de Dança do Conservatório Nacional e repetiu a experiência no verão.

Um ano antes, finalista de Ciências do Desporto (Lisboa), tinha enveredado pelas aulas de dança, pois «o curso tornou-se menos prático e fazia-me falta algo mais», adianta a guardense, que reside na capital desde os 18 anos. «Entrei há quase três anos na Jazzy Dance Studios e tenho feito o meu caminho com professores e aulas que me estimulam», acrescenta Letícia Santos. Uma dessas aulas, de “Tribal Fusion Belly Dance” – variante da dança do ventre –, levá-la-ia até às “Orchidaceae”, projeto que abraça há quase um ano. «Apesar da dificuldade técnica, é um desafio pelo controlo corporal que implica. A professora desse estilo, uma das poucas a dança-lo em Portugal, convidou-me para me juntar às “Orchidaceae”», conta.

O grupo foi um dos selecionados para atuar no BellyFusions 2014, em Paris, apresentando em breve um espetáculo que visa recolher fundos para a deslocação. A rotina semanal de Letícia Santos faz-se entre o ensino (Educação Física) e a Jazzy, com pelo menos três horas de dança por dia. Já aos domingos é o ensaio regular das “Orchidaceae”, numa agenda que exige «uma alimentação equilibrada e descanso», refere. «Aproveitei as oportunidades de formação que fui encontrando na capital», afirma Letícia Santos, salvaguardando que «quando estava na Guarda não sabia que queria dançar».

O futuro avizinha-se incerto, mas o «mundo encantado da dança» continua a “alimentar” a sua vontade genuína de aprender: «Gostava de não continuar com o sentimento inicial de que cheguei tarde a este mundo», confessa, acrescentando que «cresci imenso mas sei que ainda tenho muito para aprender». A seu lado continuarão o “Tribal Fusion Belly Dance” a as “Orchidaceae”, com audições de dança contemporânea em vista: «Sinto que a insegurança tem de ser vencida», admite a guardense.

Sara Quelhas A professora integra as “Orchidaceae”

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