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«A Covilhã está encalhada e a culpa é do atual executivo»

Carlos Pinto apresentou oficialmente a sua candidatura independente ao município liderado pelo socialista Vítor Pereira

Carlos Pinto está de regresso à política ativa para voltar a pôr a Covilhã como a «mais cuidada, mais bela e mais próspera cidade do interior». O histórico ex-autarca social-democrata lidera o movimento independente “De novo, Covilhã” e apresentou-se oficialmente no sábado, na praça do Pelourinho.

Perante mais de uma centena de apoiantes, o antigo presidente da Câmara anunciou que concorre às eleições de 1 de outubro porque «não está conformado com o futuro» de uma cidade que diz estar a ser governada pela «incompetência e a total ausência de ambição». Na sua primeira intervenção pública, Carlos Pinto considerou que «a Covilhã está encalhada e a culpa é do atual executivo». Sozinho na tribuna improvisada, o candidato falou cerca de 45 minutos e apontou baterias ao socialista Vítor Pereira, eleito em 2013. «Este foi um mandato perdido porque destruíram o espírito de iniciativa, perderam os projetos que estavam em curso e deixaram degradar o muito que foi feito», criticou o agora independente, para quem a cidade está «sem vida, sem ambição e descuidada».

Neste diagnóstico não faltou também o «falhanço» do projeto da barragem – «hoje, só temos tubos espalhados pela serra onde se faz a adução de ar e não de água. É uma falta de respeito», afirmou – e a «perda de protagonismo e de relevância regional» para cidades vizinhas. A propósito, Carlos Pinto recordou a mudança da sede da Comunidade Intermunicipal para a Guarda e a saída de empresas para o Fundão. «Em tudo está a marca de um mau governo municipal que não podemos voltar a ter», assumiu o candidato, que prometeu um mandato que ficará «na memória de todos». E, se for eleito, o líder do movimento “De novo, Covilhã” garantiu que a Câmara será «de iniciativa no emprego, na captação de investimento, na regeneração urbana e com uma marca social muito forte, tal como no passado».

Nesta sessão, o candidato assumiu como prioridades a criação de emprego, a atração de investimento, o «repovoamento» do centro histórico e a transformação da Covilhã num polo cultural. Recorde-se que Carlos Pinto esteve à frente do município da Covilhã durante 20 anos, entre 1989 e 1993 e 1997 e 2013, sempre eleito pelo PSD.

Luis Martins «Este foi um mandato perdido. Em tudo está a marca de um mau governo municipal que não podemos voltar a ter», acusou o ex-autarca

Comentários dos nossos leitores
Mike mikealfa@hotmail.com
Comentário:
A Covilhã encalhada e a Guarda mil vezes pior, até os 500 postos de trabalho prometidos da Altice fugiram para uma Vila de 12 mil habitantes Vieira do Minho.
 

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