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«A Beirartesanato vai dar o salto»

Presidente do NERGA faz um balanço positivo da edição deste ano e revela projectos para 2009

Terminou, no sábado, a 18ª edição da Beirartesanato, que montou arraiais, desde 2 de Agosto, no centro da Guarda. Este ano, para além dos 140 expositores, o certame contou com duas actividades suplementares – uma Feira do Livro e a I Mostra de Vinhos e Sabores da Beira Interior, resultantes de parcerias estabelecidas com o jornal O INTERIOR e a Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior.

Uma oferta mais diversificada que, para Pedro Tavares, permitiu «transformar a Beirartesanato num evento cultural muito maior do que há 18 anos atrás». A procura de novas associações é, aliás, para o presidente do NERGA, «um reflexo» da maneira de estar da Associação Empresarial da Região da Guarda: «A nossa filosofia é entregar as coisas a quem sabe», justifica. «No caso da Feira do Livro, sabíamos que o jornal já tinha a experiência de três edições bem sucedidas. Quanto à Comissão Vitivinícola, possui, obviamente, o “know-how” necessário na área dos vinhos», refere. Apesar de «fazer um balanço extremamente positivo» da edição deste ano, o dirigente não esconde que o tempo «não ajudou», mas considera que o evento trouxe «muita gente» ao centro da Guarda. Pelo menos «tanta como no ano passado», adianta.

«Penso que não são só os artesãos que têm a ganhar com este tipo de iniciativas, ganha a própria cidade», sustenta, referindo que, do contacto que teve com os expositores presentes, «cerca de 90 por cento saíram da Guarda muito satisfeitos e com vontade de voltar». Porém, a edição deste ano ficou marcada por algumas críticas em relação aos cortes de trânsito no centro da cidade. Por essas e por outras, a Beirartesanato tem de dar «o salto para um espaço maior» – o que deverá acontecer já em 2009, refere Pedro Tavares. De resto, outra das novidades para a próxima edição tem a ver com a associação «a um agente cultural da cidade».

10 mil passaram pela Feira do Livro

Mais de 10 mil pessoas passaram, durante uma semana, pela Feira do Livro promovida por O INTERIOR. Só nos primeiros quatro dias foram vendidos perto de 1.500 das 20 mil obras que as 64 editoras presentes no certame disponibilizaram. Feitas as contas, foram vendidos mais de dois mil livros nesta edição. Luís Baptista-Martins, director do jornal, sublinha que a preferência dos leitores incidiu, sobretudo, «nas obras em saldo». Para além da venda de livros, houve ainda tempo para receber e falar com alguns autores na IV Festa do Livro. Na quarta-feira, Manuel da Silva Ramos, Nuno Amaral Jerónimo e Diogo Cabrita participaram numa sessão sobre “O exercício da escrita”. No dia seguinte foi a vez de Pedro Mexia falar sobre “Novos Autores/Novos Públicos”. Destaque também para a evocação dos 120 anos do nascimento de Fernando Pessoa, promovida pela editora Alma Azul.

No final da feira, o balanço foi mais do que positivo: «Contribuímos para trazer à Guarda 20 mil obras», salienta Luís Baptista-Martins. Ainda assim, o responsável refere que «não se venderam tantos livros quanto esperávamos, mas o número conseguido não deixa de ser satisfatório, tendo em conta a oferta impressionante de obras», felicitando o NERGA pela organização da Beirartesanato, que contribuiu, «uma vez mais, para trazer dinâmica à cidade». «Nesse contexto, julgo que a Feira do Livro foi uma mais-valia ao disponibilizar um produto novo», afirmou.

Rosa Ramos

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