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A aventura sónica de Pierre Bastien

Orquestra mecânica dá concerto surpreendente no pequeno auditório do TMG

Uma orquestra formada por dezenas de peças do jogo Mecano, pequenos bonecos tocadores e alguns objectos do quotidiano actua, amanhã à noite, no pequeno auditório do TMG sob a batuta de Pierre Bastien. Este concerto surpreendente esteve programado em Outubro, no âmbito da quinta edição do Festival Y, mas foi cancelado devido à greve da Air France.

O músico francês apresenta na Guarda as suas últimas instalações sonoras. Nesta orquestra, que baptizou de Mecanium, o tambor e o órgão de papel são combinados com as melodias das flautas giratórias e órgão rotativo. O conjunto de percussão é agora acompanhado por um tocador de acordeão mecânico com rodas dentadas do jogo Mecano. Esta composição audiovisual inicia-se com um grande plano do gira-discos automático que faz o “sampling” de um velho disco de sete polegadas para um diálogo com o trompete do maestro. Durante o concerto, uma câmara de vídeo acompanha uma dúzia de outras actividades mecânicas para que a assistência possa acompanhar e apreciar todos os detalhes desta aventura sónica.

Pierre Bastien nasceu em Paris em 1953 e foi em 1977 que começou a desenvolver os seus primeiros mecanismos e a adoptá-los como meios de composição musical. Na década seguinte, compôs trabalhos para companhias de dança e colaborou em diversas ocasiões com Pascal Comelade. Entretanto, ganhou forma a sua ideia de construir uma orquestra mecânica, tendo iniciado a sua carreira a solo a partir de 1987. Paralelamente, tem apostado na elaboração de instalações sonoras, gravações e colaborações com artistas como Pierrick Sorin, Karel Doing, Jean Weinfeld, Robert Wyatt e Issey Miyake.

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