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A amnésia dos Bombeiros da Covilhã

Por duas vezes o meu telemóvel tocou sobre o mesmo assunto. Não liguei da primeira vez, mas decidi-me pela segunda. Vai daí, meto as pernas a caminho do Serra Shopping. À entrada, cumprimento alguns bombeiros, dou um olhar pelas peças em exposição e pelos documentos “que fizeram a história dos bombeiros”. Três jornais da região e um magazine digital, que também fazem parte obrigatória das minhas leituras, se referiam ao assunto. (…).

Os bombeiros portugueses, e, obviamente, os covilhanenses, merecem ter as condições necessárias para o desenvolvimento da sua acção humanitária, independentemente da maior dose de voluntariado ou mercenarismo. Daí todos os donativos serem bem vindos. Mas, francamente, sobre uma pequena retrospectiva dos BVC, um pequeno expositor acumulava jornais, revistas, certificados e outros documentos de menor importância.

A verdadeira história dos Bombeiros Voluntários da Covilhã, inserida em livro de mais de mil páginas, de que se deveriam orgulhar as gentes que lideram a Direcção e Comando dos nossos Bombeiros, essa ficou num qualquer canto da sede, provavelmente empilhada, já que o interesse na sua divulgação é um acto de proibição. Lamentável conduta de quem deveria dar o exemplo!

E, a propósito de donativos, porque não se interessaram em promover a venda dos livros, para os quais os bombeiros já despenderam o custo exclusivo do trabalho tipográfico? Não seria esta uma oportunidade para o fazerem, como quando participam nas feiras de exposições promovidas pela Câmara? Não me digam que foi esquecimento porque, com tanta gente, nesse caso, há amnésia total. Pela minha parte conheço, desde a génese, os porquês.

João de Jesus Nunes, sócio nº. 756 dos BVC, Covilhã

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