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A alternativa está em marcha

Crónica Política

Apesar do meu esfoço pessoal após uma noite de trabalho, posso afirmar categoricamente que valeu a pena participar nesta Marcha do Povo, foi uma marcha nacional da CDU em que participaram muitos patriotas, democratas, independentes, e que constituiu uma poderosa afirmação de que está nas mãos dos trabalhadores e do povo decidir do seu destino, abrir outro caminho para Portugal, concretizar uma alternativa patriótica e de esquerda, vinculada aos valores de Abril.

Uma marcha que vai perdurar no tempo e no espaço, pois vai multiplicar-se através de cada um dos participantes que, daqui até às eleições, vão contactar pessoalmente familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e transmitir-lhes a importância de votar CDU. Vão transmitir-lhes as imagens da marcha, a ideia de que não estão sós e que podemos levar a luta ao voto, condenar a política de direita desenvolvida por PSD, CDS e PS ao longo de 38 anos.

Por mais que tentem desvalorizar, aquelas pessoas estiveram lá. Os trabalhadores de empresas em luta. Os moradores do bairro que não querem ver aumentadas as rendas. Os utentes do centro de saúde que exigem enfermeiros e médicos de família, que exigem o posto da GNR, o posto do correio, exigem a reposição da linha ferroviária ou mesmo contra as portagens. Da Guarda fomos centenas, estas centenas que também cá como lá reivindicamos uma alternativa política. São estes os participantes que ampliarão a mensagem da CDU, força que PS, PSD e CDS mais temem, a força que resistiu e lutou contra as injustiças e o ataque a direitos e reforçou a exigência da rutura com a política de direita capaz de abrir caminho a uma política patriótica e de esquerda, a força que faz toda a diferença na defesa dos interesses dos trabalhadores e do país, que quantos mais votos e deputados a CDU tiver, mais condições haverá para defender os direitos do povo português e os interesses nacionais.

Mas temos que contribuir para um programa patriótico e de esquerda capaz de dar solução aos problemas do país, desde logo uma política económica ao serviço dos trabalhadores e do povo, baseada no crescimento económico, no desenvolvimento da produção nacional e no pleno emprego.

Valorização do trabalho e dos trabalhadores, objeto e condição do desenvolvimento e do progresso social. Assegurar o bem-estar dos portugueses com mais saúde e proteção social. Inscrever a educação, a cultura e a investigação na construção do futuro. Respeitar a Constituição da República Portuguesa, na defesa e valorização do regime democrático, na garantia dos direitos dos cidadãos e de uma justiça democrática. Soberania e a cooperação como elementos centrais da afirmação de um Portugal justo e desenvolvido numa Europa de países iguais em direitos e num mundo de paz.

A participação é a garantia do seu acerto na resposta aos problemas que a sociedade portuguesa enfrenta.

Por: Honorato Robalo

* Membro do executivo da Direção da Organização Regional da Guarda do PCP

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