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A alegoria do fim em “Yerma”

TMG

João Garcia Miguel é o diretor e encenador de “Yerma”, um projeto de teatro performativo que sobe ao palco do pequeno auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG) amanhã, pelas 21h30. A origem é o poema dramático homónimo de Federico García Lorca, em que a esterilidade de um casal se debate na perspetiva da mulher, Yerma.

Aqui, a figura principal é sinónimo de falência dos argumentos racionais, sendo o corpo sacrificado quando já não consegue construir as palavras. A obra de García Lorca explora o poder da impotência em várias dimensões, num conflito que se constrói entre o estabelecido e a vontade individual, onde os universos interiores parecem destinados a destruírem-se. O desentendimento do casal Yerma e Juan descobre tensões múltiplas – que envolvem também outros personagens –, que precipitam o fim das suas vidas, cujo «sentido maior» se perdeu.

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